segunda-feira, 4 de junho de 2012

O fantasma económico de Salazar (parte 2)

Por Tiago Mestre,


Continua a haver este maniqueísmo ideológico: ditadura vs democracia. O nosso cérebro filtra as ideias e normalmente sobram duas: só aí é que escolhemos. A história dos vencedores (dos democratas) influenciou toda a opinião pública e a história dos vencidos perdeu-se no Torre do Tombo.

Do Estado Novo devemos aprender com o que de bom e de mau aconteceu. As contas públicas, o respeito pela legalidade e o respeito pela atividade económica são baluartes desse regime.

Mas houve uma enfermidade que envenenou o sistema: sonegaram liberdades básicas ao povo português. 

Não há regime em Portugal que resista a esta contrariedade. Compreendemos os motivos dessa opção: o português é tendencialmente libertino, opinador tendencioso e sempre em busca de argumentos que corroborem a sua tese. A censura e as prisões foram um expediente para manter a ordem e a organização que se exige a um Estado que sabe muito bem o que quer.

Mas o povo prefere ser livre a estar certo, e é por isso que NUNCA teremos os índices de produtividade da Alemanha e respetivos salários. Somos demasiado inteligentes, orgulhosos e desconfiados para alinharmos todos pela mesma bitola em nome de um fim maior. E é melhor assim, a chatice é que ninguém hoje dá valor a este tipo de cultura. Toda a gente quer organização, produtividade e crescimento. É uma pena porque levar-nos-á à destruição: o planeta não aguenta tanta usurpação em simultâneo.

O povo português possui a melhor cultura que se conhece, já dizia Agostinho da Silva. Como eu concordo com ele.



4 comentários:

  1. Excelente. Muito, muito boa análise dos factos. Tiago, parabéns pelo discernimento. Como eu concordo contigo!

    Um abraço,
    Paulo Rosa

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  2. Excelente. Muito, muito boa análise dos factos. Tiago, parabéns pelo discernimento. Como eu concordo contigo!

    Um abraço,
    Paulo Rosa

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  3. Excelente. Muito, muito boa análise dos factos. Tiago, parabéns pelo discernimento. Como eu concordo contigo!

    Um abraço,
    Paulo Rosa

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    Respostas
    1. Paulo,

      O Tiago é uma máquina de bons pensamentos. Bem como o Paulo também o é. Fico satisfeito de ter conseguido encontrar e reunir tais valores e assim apresentarmos uma visão económica real e profunda à sociedade.

      Abraço.

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