Vamos abordar um tema sensível, a Segurança Social.
A capitalização da segurança social, pago mediante contribuição, o que é um eufemismo, pois contribuição é um termo que pressupõe voluntariedade, ou seja, a pessoa contribui para alguma coisa, em tese, apenas se ela quiser, o que não é o caso. Portanto, a melhor palavra para esse pagamento seria imposto, pois é uma imposição do estado o seu pagamento.
Analisando friamente poderemos a comparar a um esquema de pirâmide. A ideia deste sistema é a seguinte: o trabalhador de hoje paga pela reforma do aposentado atual para que, quando ele se reforme, o trabalhador do futuro pague pela sua reforma.
Agora vejam a semelhança entre esse sistema e a pirâmide fraudulenta: na pirâmide, um grupo originário, que não desembolsou absolutamente nada ou pouco, recebe uma certa quantia de outro grupo (necessariamente maior), e esse grupo fica na expectativa de que outro grupo, ainda maior, pague a mesma quantia ao grupo intermediário, e assim sucessivamente.
Seguindo esta lógica piramidal o ultimo grupo, como visto, precisa ser muito grande para poder suportar esse pagamento, seja através da demografia (pessoas) ou de numerário.
Ora, sem que haja essa "progressão" entre uma geração e outra, esse sistema irá quebrar numa questão de tempo e não já muito longínquo, visto que temos um inverno demográfico e a desindustralização europeia.
Além de ser um esquema de fraude de pirâmide, ou seja, imoral e ineficaz, a segurança social possui outras distorções flagrantes que são ignoradas pelo grande público ( transferências de fundos privados, subvenções vitalícias, acumulação de reformas, artifícios vários, tratamento diferenciado ...)
No fundo o lema é: dinheiro que é de todos, é dinheiro de ninguém... Não há qualquer critério equilibrado e responsável.
Solução:
O principal entrave são os políticos e algumas elites miseráveis, basta olhar para reformas como a do Presidente da República, dinossauros da política e demais usurpadores do bem público.
Para além do aumento gradual da idade da reforma que já está a ser aplicado, como já foi referido em diversos posts neste blog, tem de haver um plafonamento máximo estatal, creio que o melhor exemplo a seguir será o modelo suíço, que tem como limite máximo 1700 €, observe-se bem, a diferença de rendimentos entre Portugal e a Suíça.
Para os leitores mais interessados fica aqui o link onde se pode perceber o modelo de reformas suíço, baseado em 3 pilares:
Por cá, tenta-se arrebanhar dinheiro de onde ele não poderá vir, apenas e só para pagar as reformas e RSI actuais. Como?
ResponderEliminarCriando um código contributivo altamente penalizador e injusto para os Trabalhadores Independentes. E porquê aos independentes?
Porque estes não têm meios de se organizar e fazer ouvir a sua voz, porque trabalha cada um no seu local. E porque os sindicatos "nomeados para os defender" não gostam deles, não os conhecem, não os querem como membros e usaram-nos como moeda de troca para retirar penalizações aos seus associados.
O resultado é uma barbaridade, que vai destruir todos os que ganhem mais que, digamos, 1000€ de média. (os outros já estão destruídos à partida). Os aumentos poderão chegar aos 500% calculados sem ter em conta o regime fiscal dos independentes não permitir que se descontem as contribuições no IRS. E as contas são feitas sem ter em conta os valores entregues em IRS. Ou seja, sobre um valor que não existe na realidade.
O tecto máximo dos suíços faz todo o sentido e revela uma sociedade que busca a justiça e o bem estar para todos. Por cá, desde que se salvem os do costume, está tudo bem...
So " a morte das maquinas que sao os partidos politicos" fara desaparecer esta nuvem que ensombra Portugal. So acabando com os partidos politicos se acabara com tanta corrupçao e clientelismo. Vai ser impossivel manter este ritmo de corrupçao porque o povo nao vai poder continuar a pagar; vao todos a falencia e os outros vao imigrar. Quem fica para pagar impostos e manter o sistema ???
ResponderEliminarBom, li apenas 2 titulos deste blog e já percebi que se trata de um site de propaganda neo-liberal. Vou sair dizendo apenas o seguinte, a Segurança Social era auto-sustentável até 2011, altura em que este governo começou a trabalhar para a sua destruição, descapitalizando a SS das mais diversas formas. Depois é preciso repor a verdade e dizer que a Seg. Social assenta numa lógica mutualista. É um Seguro, um pouco à semelhança do que acontece com um seguro automovel. Pagam os que têm menos ou nenhuns acidentes para aqueles que têm mais sinistros. O mesmo acontece com a SS, há contribuintes que nunca chegam a receber uma pensão do que descontaram, porque morrem antes disso. Uns vivem mais, outros menos. A única diferença entre o mutualismo privado e público, é que um "satisfaz" também o lucro privado e o outro não tem como objectivo o lucro.
ResponderEliminarNão me faça rir com essa "...a Segurança Social era auto-sustentável até 2011..."
EliminarTambém estou de acordo com o plafonamento e defendo-o desde à muito, bem como a liberdade do cidadão poder além disso optar por outra modalidade que não a obrigatória pelo estado.
ResponderEliminarSó acho descabida a referência ao PR, havendo neste país casos escandalosos. É que o homem sempre serviu a causa pública ao contrário de outros, goste-se ou não. Acho muito mais escandalosa uma reforma como a de Vasco Lourenço por exemplo, que nada faz à anos e anos.