Encontramos no youtube estes vídeos do economista irlandês David McWilliams, com uma explicação clara e simples da crise do € e todas as suas contingências.
Pela importância dos vídeos apresentados no entendimento da crise do Euro, temos a acompanhar um comentário de Tiago Mestre do blog Contas Caseiras, um dos mais esclarecidos blogues económicos da nossa blogosfera.
Não deixe também de escrever aqui o seu comentário acerca da crise do €.
É a cultura... estúpido!
Enquanto o Sul da Europa vai ao confessionário, faz o ato de contrição, reza 5 ave Marias e fica o assunto resolvido, o Norte tem que pagar pelos seus erros.
O Norte quer aplicar o protestantismo às culturas católicas (austeridade).
Os católicos querem que os protestantes sejam católicos (solidariedade para o crescimento).
O Norte só empresta se o Sul cumprir a austeridade.
O Sul não conseguindo cumprir com o acordo exige ao Norte mais tempo e mais dinheiro com a ameaça de colapso da UE e do Euro.
O Norte julga que está certo!
O Sul julga que o Norte está errado!
Nenhum dos dois está certo porque é a dívida que condiciona e nos mata, e esta cresce sempre, quer haja austeridade, quer haja estímulo ao crescimento.
Todos querem impor e ninguém quer cumprir.
E os credores deixaram de acreditar na capacidade dos políticos e dos povos na resolução desta fratura exposta.
Fica cada um por si.
Preservar a UE é expor a fratura ainda mais.
Ainda acreditam que as culturas poderão suportar-se ou até "homogeneizarem-se"? Lendo Agostinho da Silva, Fernando Pessoa ou Nietzsche encontrarão a resposta.
Desejo a maior sorte à Europa no seu processo de desintegração e só peço à elite política que evite males maiores para o seu povo, já de si profundamente desencantado e arruinado.
Por Tiago Mestre Contas Caseiras
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very good.
ResponderEliminarMissing only the information of what is recommended to to!!
Nuno
Fala verdade em muitas coisas e concordo com muitas coisas, outras not so much.
ResponderEliminarA divida não permite existir crescimento, pelo menos que permita criação de emprego.
Mas e se limpasse as dividas? bem as estruturas existentes levariam a que o processo se repetisse.
Continuo a não ver ponderada a questão mais importante que existe, o tempo da energia barata acabou.
Os crescimentos que existiram nos países ocidentais nos ultimos 50 anos foi há custa de energia barata, o modelo é impossível de manter com o preço actual da energia, e este só tem um caminho, up.
O estado social da forma que existe hoje é impossível de manter, a austeridade veio para ficar.
Quanto mais planeamento central existir mais crises iram ocorrer.
O caminho era deixar o mercado se ajustar, serem varridas as empresas que não tem capacidade, e deixarem se falir os bancos. Assim grande maioria das dividas se iria auto cancelar. A vida seria fácil, não seria muito difícil, mas iria se recuperar mais depressa.
A Rússia, o Brasil são exemplos disso tiveram calotes, grandes crises e hoje crescem a bom ritmo (não defendo modelos destes países, mas que a bancarrota não é o fim do mundo, life goes on)