quarta-feira, 22 de agosto de 2012

No país da equidade


O salário médio da função pública é de 1524 €,  o salário médio do setor privado é de 820 €.






18 comentários:

  1. Essa comparação é uma falácia. Estão a comparar 605212 funcionários da Administração Pública com, pelo menos, 4 milhões das privadas. Comparam funcionários públicos que detêm maioritariamente o grau de licenciatura, mestrado ou doutoramento (381786 funcionários, aproximadamente, excluindo Assistentes Operacionais, Assistentes Técnicos, Polícias e Bombeiros) com os trabalhadores da privada que dificilmente detém o 3.º ciclo (9.º Ano completo), ou melhor o 12.º ano das "Novas Oportunidades". Isto é de uma falta de honestidade intelectual alucinante. Para não falar da ignorância. Esse vencimento médio paga a Diplomatas, Médicos, Magistrados, Juízes, Técnicos Superiores das Carreiras Gerais e Técnicos Superiores de Saúde, Dirigentes Superiores e Intermédios (vulgo gestores), Técnicos Superiores de Informática/Gestores de Rede, Pessoal da Inspecção, TDT, Oficial dos Registos e Notariado, Forças Armadas (incluindo as patentes todas), Forças de Segurança/Especiais, Representantes do poder legislativo.
    Esta "treta" de considerarem que 605212 pessoas são as únicas responsáveis por este país atrasado é uma ignomínia. Se os outros 10 milhões de pessoas trabalhassem e contribuíssem para a riqueza deste país, nós não estaríamos assim. A maioria que elegeu estes governos não se deveu aos 605212 funcionários públicos. Vão mas é trabalhar, malandros e deixem-se de "mamar" à sombra do estado. Exportem e acrescentem valor aos vossos serviços. Inovem e não estejam à espera do Estado para tudo. É subsídios para a Agricultura, para os Fogos, para isto e para aquilo, candidaturas aos Fundos Europeus, Auto-Estradas que não servem para nada, desvio de milhões para pontes, PPP's, Juros aos Bancos... Corrompem e são corrompidos. Privada que foge aos impostos. Portugueses que usam e abusam dos Serviços Públicos e estão sempre a reclamar. No Restaurante Privado também me farto de esterar!




    Nota: consultar s.f.f. http://www.dgaep.gov.pt/index.cfm?preview=&OBJID=da5b5dbb-6ace-4d45-9a10-315cedc919b8

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  2. Só uma pergunta, o "populaçao" do sector privado engloba todas as pessoas que trabalham no sector privado, isto é, do CEO à mulher da limpeza, por exemplo.

    Pois os funcionários publicos como diz aqui o Anonimo engloba cargos muito distintos, sendo esse o principal facto, tendo salário baixo e tambem muito altos, só quero saber se isso também acontece no sector privado com esses dados.
    Mas se os dados acima estiverem ambos com a mesma amostra é preocupante ver como o sector público é caro.

    E caro anónimo, se existem aproximadamente 600 mil pessoas a trabalhar no Sector Público, não existe 10 milhões no sector privado. Ainda por cima sendo que população activa existe quase 5,5 milhões de pessoas.

    E continuem com o grande trabalho que tem feito. Muitos parabéns.

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  3. Dedicado ao Anónimo

    O Estado financia as suas despesas das seguintes formas, através de cobrança de impostos, através da emissão de divida(sendo estes impostos futuros) e através de venda de património(este sendo coercivamente retirado da esfera privada).

    Então o pagamento dos salários dos funcionários públicos são pagos pelos impostos cobrados ao sector privado.

    Dirá os funcionários públicos também pagam impostos, para o trabalhador em causa parece que sim que paga, para o Estado é apenas uma tranferencia intra estado, o que o Estado é descontar parte do beneficio que atribui a estes privilegiados.

    Ao focar o ponto dos subsídios que o Estado atribui aos privados, se virmos esta situação agregada, não é mais do que o Estado devolver ao privado o que lhe foi retirado.

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  4. Verdade que aqui utiliza coercivamente um poder de fazer de tipo robin dos bosques, o que é negativo, mas ideia a deixar aqui que subsídios não é mais do que devolução ao privado do que lhe foi retirado.

    Se analisarmos a história eleitoral portuguesa verificamos que os funcionários públicos são fundamentais na eleição ou não do politico para o poder, estes 600mil (a realidade é que o numero se aproxima dos 800mil) se lhes somarmos os reformados do sector público (reformam se em clara vantagem face aos do privado, só agora que começa a ficar idêntico, convém lembrar que reformas acima de 5000€ no privado são 850pessoas, no sector publico são dezenas de milhares).

    O funcionário isolado não tem culpa nenhuma, agiu de forma a maximizar a sua utilidade, salários mais elevados, mais estabilidade profissional, ausência de perigo de desemprego.

    Agora o problema é o sistema socialista que vigora em Portugal e em todo o mundo ocidental, os funcionários públicos aqui tem papel fundamental, as greves em Portugal são exclusividade do sector público.

    O sistema de ensino, saúde, transportes é público porque os políticos assim o desejaram, são sistemas que poderiam ser perfeitamente privados.
    Dirão e os pobres? interessante que se fale nisso, então como privados não se tem capacidade para comprar estes produtos, mas já se tem capacidade juntando a isso uma estrutura burocrática pesada e onerosa.
    Bem um país com um Estado muito forte, socialista e mesmo assim a taxa de pobreza é a mesma hoje que era em 1974, que a desigualdade aumentou, quem defende este sistema ou é parvo ou dependente do mesmo.

    Uma coisa, porque é que um grau académico deverá ser sinónimo de um salário mais elevado do que um não licenciado?
    O papel diz que a pessoa "estudou" determinado assunto, não diz que a pessoa sabe desse assunto, muitos destes cursos são formas de criar monopólios para os que tiram estes cursos de forma impedir o acesso de outros aos empregos destes.

    Existem por aí muitos licenciados com licenciaturas que não servem para nada, grande parte da desigualdade em Portugal advém desta mania lusitana que um canudo torna logo as pessoas doutores (sou licenciado em Economia).
    Um amigo espanhol liga me e diz me "Filipe então em Portugal quem tira uma licenciatura é doutor?" ficou admirado que uma pessoa com formação era apelidado de doutor como se fosse algo de especial.
    A crise esta a esbater esse mito urbano.

    O funcionalismo público não são o unico problema mas fazem parte do problema, um estado demasiado grande, corrupto e que retira a liberdade Às pessoas.

    Em relação À fuga aos impostos, é natural é normal o ser humano procurar defender o que é seu, em Portugal esquece se que o dinheiro é das pessoas não do Estado, essa treta de dizer que se deve os impostos é uma falácia, as pessoas nem são questionadas se estão a favor ou contra os impostos que a assembleia decreta.

    A democracia não é sinónimo de liberdade, mas antes a tirania da maioria (muitas vezes nem maioria é).

    Porquê ser obrigado, com a ameaça de perder a liberdade, a pagar impostos por serviços que se pode não querer? que são de má qualidade.

    Quem cria riqueza Anónimo é o privado não o público esse apenas drena a riqueza criada.

    Aconselho a informar se devidamente sobre a realidade e não dizer asneiras.

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  5. "Como os dados oficiais revelam, a taxa de risco de pobreza após as transferências sociais está a aumentar em Portugal. Em 2010, 18% da população portuguesa, ou seja, 1.900.000 portugueses já viviam na pobreza. Esta situação resultava dos cortes significativos nas prestações sociais. E o dramático, como revelam também os dados do INE, é que 42,5% da população portuguesa, isto é, 4.488.000 portugueses só não vivem na pobreza devido a receberem prestações sociais, portanto se estas forem eliminadas ou mesmo reduzidas milhões de portugueses, já perto do limiar da pobreza, cairão rapidamente nela. Tenha-se presente que estes dados se referem a 2010, e depois dessa data a situação ainda se agravou mais, já que é intenção do actual governo proceder a cortes muito grandes nas despesas sociais do Estado (em 2012, estão previstos cortes de 1.440 milhões euros em prestações sociais e de mais 1.000 milhões de euros na saúde) para obter a redução do défice que o governo e "troika" acordaram." (ROSA, 2012). Será que estes 4.488.000 portugueses que vivem no limiar da pobreza e recebem prestações sociais não são um peso maior que os funcionários públicos + aposentados da CGA?
    Se não existir SNS/cuidados de saúde como é que a privada cria a dita riqueza, assim como, Educação, Forças de Segurança Pública (para os privados assistirem aos jogos de futebol descansados!...), a justiça que apesar das ineficiências ainda resolve alguns milhares de caso que promove a paz social... vamos ver com esta privatização e alienação de património público como é que o país fica nas próximas décadas... com a maioria dos sectores privatizados e PPP's vamos ficar um luxo. Viva o pseudo-liberalismo capitalista/corrupto. Daqui a uns anos, quando não houver oferta pública concorrente vamos ter uns cuidados de saúde e educação que é um luxo!

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  6. Excelente privada... que excelente serviço que prestam à população portuguesa... esta privada dos combustíveis criam uma riqueza para o país (com o défice externo) fenomenal. A liberalização dos preços foi óptima. O mercado funciona que é um espectáculo. Com estas empresas + energia e telecomunicações vamos ficar riquíssimos em Portugal. "Os grupos económicos que dominam o mercado dos combustíveis (GALP, REPSOL, CEPSA e BP) preparam-se para aumentar esta semana novamente os preços agravando ainda mais a situação que é analisada neste artigo. E de tal forma sentem-se impunes que anunciaram antecipadamente, sem que a AdC dissesse uma palavra. A justificação umas vezes é o aumento do preço do petróleo, outras vezes é a desvalorização do euro em relação ao dólar. Tudo serve. E os principais media repetem, sem fazer qualquer investigação e sem contraditório, as justificações das petrolíferas criando, junto da opinião pública, a falsa ideia que elas são verdadeiras e únicas.
    Por outro lado, o governo e a "troika" têm procurado fazer passar também junto da opinião pública a ideia que a liberalização dos preços, que agora estão a procurar impor no mercado da electricidade e do gás, traria mais concorrência e redução dos preços para os consumidores. Mas perante este escândalo de aumento semanal e simultâneo por parte de todas as empresas dos preços dos combustíveis – que desmente o que defendem e andam a fazer – mantêm-se coniventemente silenciosos. E a chamada Autoridade da Concorrência (AdC) que devia investigar a situação nada faz, mostrando que está totalmente refém das grandes petrolíferas. E quando o faz algo é para branquear o comportamento destes grupos económicos, pois conclui sempre que tudo está bem, e que não há combinação de preços entre elas. No entanto, recusa-se a investigar o que devia: POR QUE RAZÃO OS PREÇOS DOS COMBUSTIVEIS SEM IMPOSTOS EM PORTUGAL SÃO SISTEMÁTICAMENTE SUPERIORES AOS PREÇOS MÉDIOS DA UNIÃO EUROPEIA." (ROSA, 2012)

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  7. "O INE acabou de divulgar uma publicação importante com o título Evolução do Sector Empresarial em Portugal 2004/2010 . E os dados nela constantes revelam que as grandes empresas (com mais de 250 trabalhadores e com um volume de negócios superior a 50 milhões €/ano) estão a obter elevados lucros. Por outras palavras, nem todas as empresas estão a perder com a crise como os patrões e o governo pretendem fazer crer à opinião pública.Comecemos por analisar a variação dos lucros totais das empresas não financeiras segundo a sua dimensão (as PME subdividem-se em Micro, Pequenas e Médias empresas) no período 2006/2010, ou seja, os lucros de todas as empresas antes da crise (2006) e depois da crise (2007/2010). E a conclusão que se tira é a seguinte: Entre 2006 e 2010, os lucros totais líquidos das empresas não financeiras aumentaram em 33,4%, pois passaram de 15.058,8 milhões € para 20.082,6 milhões €. No entanto, o aumento não foi igual para todas as empresas, pois as micro e pequenas empresas até registaram diminuição. Segundo o INE, entre 2006/2010, os lucros das grandes empresas (1082 empresas em 2010) aumentaram em +83,3%; os lucros líquidos obtidos pelas médias empresas (6.281 empresas) subiram em 39,2%, mas os lucros das pequenas empresas (42.662 empresas) diminuíram em -22,2%, e os lucros das micro empresas (1.094.215 empresas) reduziram-se em -12,5%. Se a analise se restringir ao período 2009/2010, a desigualdade das situações é ainda maior. E isto porque em 2010 os lucros líquidos das grandes empresas aumentaram em 154,6%; os das médias empresas subiram em 88,8%; mas os das pequenas empresas cresceram em 17,9%, e os lucros das micro empresas tiveram um aumento de apenas 8,8%.
    E não se pense que esta diferença tão grande na taxa de aumento dos lucros se deve a alteração do número de empresas entre 2006 e 2010. Se analisarmos o lucro médio por empresa conclui-se que, entre 2006 e 2010, o das grandes empresas aumentou +77,2%, o das médias empresas subiu em +42,8%, e o das pequenas e micro empresas diminui, respectivamente, em -17,7% e – 12.7%. E que, entre 2009 e 2010, segundo os dados divulgados pelo INE, o lucro liquido obtido em média por uma grande empresa aumentou em +149,9%, por uma média empresa cresceu em +93,3%, enquanto o das pequenas e micro empresas tiveram, cada uma delas, um aumento médio de lucros, respectivamente, de +21,3% e +14,1%. Em 2010, cada uma das grandes empresas teve em média um lucro liquido de 11,3 milhões € (6,3 milhões € em 2006) enquanto o lucro obtido por uma empresa média foi de 265.700 €; o de uma pequena empresa foi de 20.100 euros, e o de uma micro empresa foi apenas de 4.900 euros (5.600 € em 2006); por outras palavras, o lucro liquido médio de uma grande empresa foi 2.306 vezes superior ao de uma micro empresa.
    É evidente que a taxa de exploração dos trabalhadores, que tem como a base a mais-valia criada pelo trabalho não pago, é muito maior nas grandes empresas como facilmente se conclui do quadro seguinte cujos valores foram calculados utilizando os dados do INE." (ROSA, 2012)

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  8. "As grandes empresas eram apenas 1.082 em 2010 (em 2006 eram 1046), ou seja, 0,1% do total de empresas existentes no nosso país. No entanto, elas apropriam-se de mais de metade dos lucros líquidos de todas as empresas, como revelam os dados do INE.Em 2010, segundo o INE, as grandes empresas empregavam apenas 21,3% (818.113) do total dos trabalhadores, mas obtiveram 60,9% (12.229,4 milhões €) dos lucros líquidos totais alcançados pelas empresas não financeiras nesse ano, enquanto as micro empresas, que empregavam 44,3% (1.701.959 trabalhadores) do total de trabalhadores, os seus lucros representaram apenas a 26,5% (5.326,3 milhões €) dos lucros líquidos totais das empresas.
    Fica assim claro, que contrariamente à mensagem que o governo e o patronato pretendem fazer passar junto da opinião pública, para impor mais sacrifícios aos trabalhadores, nem todas as empresas estão a ter prejuízos, e as grandes empresas já estão a ganhar muito com a crise. É evidente que a crise não está a atingir nem todos nem todas as empresas (alguns estão a ganhar muito com ela), o que é ainda agravado mais pela politica de classe iníqua deste governo e da "troika" em que os mais atingidos são os trabalhadores, os aposentados e os pensionistas, e aqueles que para sobreviverem precisam de apoios sociais que estão a sofrer grandes cortes."
    (ROSA, 2012)

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  9. Boa noite.
    Na qualidade de inspetor tributário posso afirmar, nos meus 10 anos de carreira que, até hoje nunca corrigi qualquer declaração de um funcionário público. Ao invés já corrigi centenas de declarações de privados que recebiam diversas mordomias, para além do seu parco rendimento mensal correspondente ao salário mínimo.
    Entre essas mordomias estão o fornecimento pela empresa de viaturas novas a preços de saldo, combustível e deslocações para interesses particulares, de casas (tributadas como rendimentos antecipados - que ocorrem em empresas que normalmente dão prejuizo), cartões de crédito para o pagamento de despesas particulares, entre outros, a coberto de vendas que não são facturadas entre outras. Obviamente isto é o pouco que se apanha. O funcionário público não tem direito a nada disto. Neste país, regra geral, a tributação destes rendimentos é sonegada por culpa dos privados e não por culpa dos funcionários públicos que não têm por onde fugir. Pode-se então afirmar que se o país está assim, a culpa, primeira óbviamente, pertence a estes políticos incompetentes e corruptos. A segunda pertence aos privados. Como 99 % dos funcionários públicos não tem autonomia para fazer este tipo de coisas e agir em desfavor do país, pode-se afirmar que estes são os menos culpados da forma como o país se encontra.
    Cumprimentos,

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  10. O que têm a dizer da recapitalização da banca com fundos públicos e juros para a "Troika" e PPP'S?
    Sabem que o total gasto equivale ao orçamento do SNS e Educação durante décadas...

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  11. Os meus parabens ao digníssimo Inspector Tributário (Anónimo de 22 de Agosto de 2012 23:10) pela ajuda real aos meus comentários anónimos anteriores e pelo início deste debate...
    Obrigado também aos que defendem a posição contrária. Só assim se vai fazer LUZ nas nossas cabeças.
    Respeitosos cumprimentos ao autor deste blogue, que sigo atentamente.

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  12. "O Banco de Portugal divulgou recentemente um "estudo", depois utilizado pelos media, que procura criar na opinião pública a ideia de que o aumento do desemprego se deve à rigidez dos salários. O dito estudo vem na linha do comunicado da troika, divulgado após a 4ª avaliação de Junho de 2012, que afirma que a subida do desemprego em Portugal " foi exacerbada pela antiga rigidez do mercado laboral português ". A "cassete" habitual do FMI e seus defensores quando recusam a realidade.
    O Banco de Portugal é um banco público pago pelos portugueses. É o banco cuja função é supervisionar o sistema financeiro. Apesar disso, por falta de competência ou por ter pactuado, deram-se casos como o BPN e BPP que já custaram aos contribuintes portugueses mais de 5.000 milhões de euros. Mas as consequências negativas da actuação do Banco de Portugal não se restringem apenas a estas. Tal como aconteceu em outros países, e contrariamente à mensagem que os banqueiros e os seus defensores têm pretendido fazer passar junto da opinião pública, também em Portugal verificou-se má gestão, para não dizer mesmo gestão irresponsável por parte da banca. A prová-lo está o facto de que a maioria dos bancos "portugueses" não consegue obter crédito no mercado internacional a não ser com o aval do Estado (é por isso, que no OE-2012 estão inscritos 35.000 milhões de euros para avales à banca) e, mais recentemente, a recapitalização dos principais bancos em mais de 6.000 milhões de euros com fundos do Estado. Afirmar perante estes factos que os bancos em Portugal tiveram e têm uma gestão diferente (recorde-se, a este propósito, o caso BPI que teve um prejuízo de 339 milhões de euros por especular com a divida grega); repetindo, dizer neste contexto que a gestão da banca em Portugal é diferente da dos outros países só pode ser conversa para enganar a opinião pública. E tudo isto aconteceu devida à incapacidade, para não dizer mesmo incompetência do Banco de Portugal em exercer, adequadamente, a sua função de supervisor – o que causou e continua a causar graves prejuízos aos contribuintes portugueses e à economia nacional.
    O Banco de Portugal não cumpre adequadamente a sua função de supervisão (recorde-se que o actual governador do Banco de Portugal foi director do BCP no tempo da gestão de Jardim Gonçalves que está agora a ser julgado pelos tribunais). No entanto o BP é pródigo em publicar " working papers " (documentos de trabalho, ou hipóteses de trabalho para utilizar as palavras do ministro das Finanças a propósito da reposição do subsidio de ferias e de Natal). Ele entra assim na campanha ideológica da direita para baixar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores portugueses. Tudo à semelhança daquilo que é bem retratado, a propósito das responsabilidades dos economistas pela actual crise, no filme Inside job . As escandalosas remunerações que continuam a ser pagas aos administradores dos grupos económicos e financeiros assim como os elevados lucros sem pagamento de impostos distribuídos aos seus maiores accionistas, em plena crise, não merecem qualquer comentário pelos mesmos "ténicos". Dois pesos e duas medidas.
    Antes, foi a defesa da desvalorização fiscal através de uma redução significativa das contribuições patronais. Se fosse implementada determinaria ou o colapso da Segurança Social ou um aumento elevado dos preços provocado pela subida do IVA, sem ter qualquer efeito no aumento da competitividade das empresas. Agora, é a "teoria" de que existe rigidez dos salários em Portugal, e que essa rigidez é a causa do aumento do desemprego. Com esse objectivo, divulgou em Maio deste ano um "working paper" com o elucidativo título: " Wage rigidity and employment adjustment at the firm level: Evidence from survey data ". Para procurar credibilizar as conclusões deste "documento de trabalho", para além de ser divulgado através do Banco de Portugal, também refere que tem como base uma investigação baseada em dados." (ROSA, 2012)

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  13. "Se não existir SNS/cuidados de saúde como é que a privada cria a dita riqueza, assim como, Educação, Forças de Segurança Pública (para os privados assistirem aos jogos de futebol descansados!...), a justiça que apesar das ineficiências ainda resolve alguns milhares de caso que promove a paz social..."
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    É preciso estar tudo centralizado? É preciso não haver liberdade de escolha? Os países desenvolvem-se quando há LIBERDADE ECONÓMICA. A Suíça é um país riquíssimo, com pouco desemprego, pouca miséria e o Estado é pequeno. É porque lá o Estado é pequeno, descentralizado, que há concorrência entre os serviços públicos (e até que os serviços públicos estão em concorrência com o privado). Então explique-me lá porquê que o Estado em Portugal tem de ser necessariamente grande, centralista e opressor? Vive dele ou quê?

    "com a maioria dos sectores privatizados"
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    Aonde? Portugal está há volta de 60° no lugar da liberdade económico, a Suíça 5°. Ou seja a Suíça é mais privada que Portugal e vive-se lá melhor. Como será possível?

    "PPP's vamos ficar um luxo"
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    A corrupção vem de aonde a não ser do Estado, da falta de liberdade? Só há corrupção quandos os Estados são grandes, quando os políticos têm muito poder.

    justificação umas vezes é o aumento do preço do petróleo, outras vezes é a desvalorização do euro em relação ao dólar. Tudo serve. E os principais media repetem, sem fazer qualquer investigação e sem contraditório, as justificações das petrolíferas criando, junto da opinião pública, a falsa ideia que elas são verdadeiras e únicas.
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    E aonde está a liberalização se a GALP mantêm o monopólio da refinação do bruto?

    Na qualidade de inspetor tributário posso afirmar, nos meus 10 anos de carreira que, até hoje nunca corrigi qualquer declaração de um funcionário público. Ao invés já corrigi centenas de declarações de privados que recebiam diversas mordomias, para além do seu parco rendimento mensal correspondente ao salário mínimo.
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    E que direito tem você para vir roubar o trabalho dos outros? Quem é que vos manda criar regimes excepcionais em matéria de impostos? Que autoridade moral tem você para me roubar e depois me impor serviços públicos de mã qualidade.

    Parai de me chatear com a vossa solidariedade da treta. Começai por fazer solidariedade com o vosso dinheiro, começai por criar uma empresa e depois poderemos falar.

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  14. Vou analisar os comentário do Anónimo post por post.

    A taxa de pobreza é uma medida relativa (hoje um pobre tem acesso a muito mais condições que tinha um pobre há 20anos)-

    O Anónimo afirma que a pobreza esta relacionada directamente com as tranferencias de rendimento do Estado para os mais pobres.

    O motivo da pobreza não é porque o Estado não "dá" o suficiente para os pobres deixarem de ser pobres, mas que a actual economia portuguesa não gera condições para que esses tenham condições para deixarem de ser pobres.

    É natural que quando se cria uma situação em que determinadas pessoas se deixam ficar dependentes do Estado que quando este deixa de ter capacidade para "dar" o que dava ocorra um aumento da pobreza.

    Esse valor que apresenta de 42,5% inclui os funcionários públicos, pensionistas e recebedores de prestações sociais(RSI,etc..)

    Esse valor é escandaloso, demonstra que a economia portuguesa é tudo menos uma economia de mercado livre.
    E que grande parte da sociedade (quase 50%) é dependente do Estado.


    Faz afirmações partindo do pressuposto que o mercado não consegue prestar os bens Educação, Saúde de forma satisfatória, isso é uma mentira.
    Além de poder o fazer, o faz com mais qualidade e a um melhor preço.

    A educação pode e deve ser privada, os problemas que hoje existe no mercado de trabalho são da exclusiva responsabilidade do Estado, ao se centralizar a educação e colocar na mão de uns o planeamento desta deu no bonito serviço, de existir pessoas em excesso com competências que não são necessárias (exemplo professores, enfermeiros) e falta de outros profissionais (bons vendedores, etc...)
    Alem de se proceder a lavagem ao cérebro que o Estado tem um papel fundamental na vida das pessoas.

    A saúde pública tem uma grande vantagem sobre a privada, é que pode dar o prejuízo que entender, não pagar nos tempos acordados, e decidir que preço cobrar pelos medicamentos.
    Um privado não pode fazer nada disto, dado que o Estado determina ser ilegal.
    Logo a saúde privada é muito superior ao público, porque em igualdade de circuntancias, isto é, o Público não poder ter prejuízos brutais (o prejuízo aqui é sair fora da dotação orçamental que se tem, o que ocorreu nos ultimos 10 anos ao ritmo de 10% ao ano), o serviço é de melhor qualidade e mais barato.

    A paz social não é conseguida com mais ou menos policia, o Brasil o que não falta é policia e lá não existe grande paz social.

    A paz social é conseguida com o respeito pela propriedade privada, do tratamento igual perante a lei e com uma economia dinamica e pujante.

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  15. Vamos por partes.

    Primeiro no preço dos combustiveis 60% do preço é imposto.
    Logo o Estado aqui é o principal responsável pelo preço exageradamente alto.

    Segundo o preço do barril e dos produtos refinados são denominados em Dólares,

    Para ajudar o Anónimo a perceber nada como um exemplo:

    Com uma cotação do € de 1,3$ e o preço do barril de 100$ este expresso em € é de 76,92€
    Agora se o ´€ perder valor face ao Dólar e passar a valer digamos 1,2$ o mesmo barril de 100$ já custa 83,333€

    Como vemos pelo exemplo o preço em dólares não aumentou, mas como existe a perda de valor do € o preço do barril para os Europeus ficou mais caro. Logo procurar retirar importancia a este aspecto é de hipocrisia intelectual.
    Convém lembrar quem em 2008 quando o preço do petróleo atingiu valores históricos o € valia 1,5$

    terceiro com a injecção brutal de liquidez no mercado pelos Bancos centrais mundiais, e com a incerteza e os problemas das dividas dos Estados, levou a que existam muitos investidores a apostar no mercado de futuros especialmente em commodities, logo a lei de oferta e da procura a funcionar, a mesma quantidade de mercadoria mais moeda atrás da mesma leva a um aumento do preço.

    Convém lembrar que o consumo mundial baixou, e que o consumo Europeu está ao nível do inicio dos anos 2000, na Alemanha está ao nível de 2003, quando o preço do petróleo se situava nos 40$.

    4ºPor pressões ambientais, e por novas regulamentações existiram muitas refinarias que fecharam portas, levando a uma diminuição do produto refinado, levando com isso a um aumento do preço

    5º A liberalização não leva por si só a diminuição dos preços, com as circunstancias acima descritas mesmo num mercado fortemente concorrencial o preço teria de aumentar.
    A realidade é que existe liberalização na distribuição mas não na refinaria, sendo aqui a Galp monopolista.

    6º a Proposta que se intui das suas palavras é que o preço devia ser tabelado, neste caso, o que aconteceria era que quem iria pagar seria o contribuinte (caso da electricidade e o seu deficit tarifário)

    7ºA teoria dos jogos permite determinar quais os preços que maximizam as receitas minhas e do meu concorrente, sem que para isso tenha de me sentar com ele e combinar preços.
    A realidade é que os combustiveis são hoje 3centimos mais caros do que a média da UE, antes de imposto claro.
    Nota de curiosidade a Espanha tem combustiveis mais caros do que Portugal antes de impostos.

    A realidade é que os preços da energia é caro devido a interferência estatal, seja nos fósseis seja na Energia(50% da factura nada tem a ver com energia, mas antes beneficios dados pelo estado às empresas).

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  16. É normal que mesmo numa depressão que estamos a viver haja empresas que estejam a ter lucro, mal seria se todas estivessem a ter prejuízos.

    Mas analise que apresenta é irrelevante para o dia de hoje, apresenta dados de 2006/10, altura em que o estimulo keynesiano em Portugal era Rei e Senhor

    Convém não esquecer que Portugal teve déficits de 10% de 2009 e 2010, logo o Estado através da sua divida estimulou a economia.
    É natural que as empresas apresentem lucros.
    Convém relembrar que o Estado aumentou os FP em 2,9%.

    Um aparte o Anónimo tem um grande problema com o sucesso dos outros, principalmente com o lucro das empresas, fique sabendo que sem lucros as empresas fecham ou relocalizam-se e quem se lixa é o mexilhão (os trabalhadores).

    Se não gosta das leis do mercado livre sugiro que viaje para a Coreia do Norte.

    A exploração do trabalhador isso da pano para mangas

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  17. Um aparte ao Anónimo não convém apresentar como um nosso argumento apenas um autor, convém procurar ou expor o nosso próprio argumento ou pelo menos citar vários.

    Presumo que o Rosas aqui seja o do Bloco de Esquerda, historiador.
    Conhecimento de como a economia funciona zero, o problema da esquerda e alguma "direita" é que tem a mania que são intelectuais e que são eles que sabem como resolver os problemas da sociedade, são eles que vão salvar orientar as massas. aconselho a ler/ver os trabalhos desta pessoa Thomas Sowell, pesquisar youtube e aprender de facto alguma coisa.

    O Rosas não gostará de saber, mas o século onde a humanidade mais evoluiu foi o século XIX onde nos USA existiu a melhor aproximação à economia de mercado livre na história da humanidade.

    O século XX manchado pelo fascismo, comunismo e socialismo, tudo a mesma merda sendo apenas o cheiro diferente. Todos quiseram dominar e estes sim explorar o trabalhador.
    É ridiculo que atrasados mentais como os do Bloco, PCP, PS PSD e CDS conseguem ter o poder que tem.
    É que em Portugal é tudo socialista, tudo a querer mandar na vida dos outros.

    Democracia não é sinónimo de liberdade, basta olhar para a Inglaterra para o USA, onde o Estado nunca controlou tanto a vida dos seus cidadãos.

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  18. Agradeço o intenso debate!

    Em breve apresentarei um vídeo arrasador. Que vai demonstrar claramente onde está a verdade económica.

    Cumprimentos.

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