domingo, 19 de agosto de 2012

Indivíduo vs Coletivo


O indivíduo quando não depende do coletivo tem uma natureza empreendedora e engenhosa que pode levar ao aparecimento de uma mais valia, em que a sociedade entendeu como algo útil, e de modo natural os frutos obtidos serão também partilhados com a comunidade.

O coletivo quer o controle de tudo e todos, porque se julga capaz de planear e centralizar um conjunto de ideias que apenas levam à inação individual e a futuras dependências da comunidade perante as elites do coletivo. 


5 comentários:

  1. Se o individuo não "depende" do colectivo, toda a partilha com a comunidade dos frutos obtidos só pode ser motivada por animo filantrópico.

    A filantropia só é, se expontânea e voluntária. Será que é justo impor aos praticantes da filantropia a convivência com os que a não praticam, sobretudo tendo em conta que constituem - naturalmente - a maioria?

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    1. Não se trata apenas de filantropia, tem que se ter em conta os empregos que foram criados e os consumos dispendidos na comunidade onde o individuo se insere.

      A moral da história, é que o individuo tem uma maior capacidade do que o coletivo (Estado) para criar a riqueza e a história assim o demonstra. Quanto mais uma sociedade é livre maior é também a sua riqueza.

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  2. Não há aqui uma falácia?

    É que sendo os empregos criados antes de existirem "frutos", se no fim do dia os ditos não se concretizarem, não haverá nada para distribuir.

    Se contudo existirem "frutos" (=mais valias), a distribuição dos mesmos não me parece poder ser outra coisa que filantropia, uma vez que o trabalho já foi remunerado no âmbito da relaçaõ de emprego (sempre precedente).

    Quanto ao colectivo-estado, não só concordo RADICALMENTE que não tem vocação para criar riqueza (a funcionar normalmente, não a comprar submarinos...), mas também entendo que da organização da sua economia deve estar isenta toda e qualquer hipótese de produção de mais valias para o próprio colectivo-estado... ou para terceiros (vidé PPP).

    *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

    Para que conste, considero A Espuma dos Dias um dos blogs mais pertinentes, inteligentes e intelectualmente honestos da blogoesfera económico-financeira.

    Olé!


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  3. Filantropia é quando um indivíduo toma alguma ação em benefício da comunidade, através da criação de uma fundação, doação ou até mesmo serviço voluntário.

    Ex:
    O Champalimaud foi criticado, perseguido e até expulso pelas mentes esquerdistas, mas o fato é que até hoje ainda não apareceu nenhum "comunista" para distribuir a sua riqueza à comunidade na mesma proporção como fez o Champalimaud.

    O emprego surge quando o empreendedor consegue criar um canal de mercado e assim precisa de colaboradores para melhor satisfazer as necessidades do mercado.

    No coletivo estado este tem como objetivo máximo o de taxar exaustivamente os indivíduos para proporcionar a um conjunto de planeadores centrais um poder desmesurado para melhor controlar uma sociedade mas secando a iniciativa priva ou obrigando-a a ser conivente para obter mais valias.

    Agradeço o elogio ao blog.

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  4. Referia-me a "filantropia" na acepção clássica - vocábulo de origem grega que significa “amor ao género humano” e conceito utilizado de maneira positiva para fazer referencia à ajuda que se oferece ao próximo sem requerer resposta ou contrapartida...

    Quanto a António Champalimaud, que de facto praticou activamente filantropia em muitas áreas, é interessante constatar que entregou a sua defesa no que ficou conhecido como "Caso Sommer" ao então jovem Proença de Carvalho (que rapidamente desistiu), e a Manuel João da Palma Carlos e Francisco Salgado Zenha, na altura ambos aderentes ao recém-criado PS, depois de terem sido destacadissimos membros do PCP clandestino. A sua defesa foi baseada em argumentos abertos de perseguição política, sugerindo que o governo de Marcelo Caetano se servia de Henrique Sommer (irmão de António Champalimaud) para o destruir pessoal e financeiramente.

    Em 1973 Champalimaud foi absolvido e regressou do México, para onde tinha fugido e onde passou cinco anos para escapar ao mandato de captura "direitista" que o visava (o México não tinha e creio que não tem tratado de extradição com Portugal).

    Ou seja, António Champalimaud foi de facto criticado, perseguido e obrigado a exilar-se... pela direita. A sua ida para o Brasil foi totalmente voluntária e decorrente das nacionalizações de 1995.

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