Indivíduo vs Coletivo
O indivíduo quando não depende do coletivo tem uma natureza empreendedora e engenhosa que pode levar ao aparecimento de uma mais valia, em que a sociedade entendeu como algo útil, e de modo natural os frutos obtidos serão também partilhados com a comunidade.
O coletivo quer o controle de tudo e todos, porque se julga capaz de planear e centralizar um conjunto de ideias que apenas levam à inação individual e a futuras dependências da comunidade perante as elites do coletivo.
Se o individuo não "depende" do colectivo, toda a partilha com a comunidade dos frutos obtidos só pode ser motivada por animo filantrópico.
ResponderEliminarA filantropia só é, se expontânea e voluntária. Será que é justo impor aos praticantes da filantropia a convivência com os que a não praticam, sobretudo tendo em conta que constituem - naturalmente - a maioria?
Não se trata apenas de filantropia, tem que se ter em conta os empregos que foram criados e os consumos dispendidos na comunidade onde o individuo se insere.
EliminarA moral da história, é que o individuo tem uma maior capacidade do que o coletivo (Estado) para criar a riqueza e a história assim o demonstra. Quanto mais uma sociedade é livre maior é também a sua riqueza.
Não há aqui uma falácia?
ResponderEliminarÉ que sendo os empregos criados antes de existirem "frutos", se no fim do dia os ditos não se concretizarem, não haverá nada para distribuir.
Se contudo existirem "frutos" (=mais valias), a distribuição dos mesmos não me parece poder ser outra coisa que filantropia, uma vez que o trabalho já foi remunerado no âmbito da relaçaõ de emprego (sempre precedente).
Quanto ao colectivo-estado, não só concordo RADICALMENTE que não tem vocação para criar riqueza (a funcionar normalmente, não a comprar submarinos...), mas também entendo que da organização da sua economia deve estar isenta toda e qualquer hipótese de produção de mais valias para o próprio colectivo-estado... ou para terceiros (vidé PPP).
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Para que conste, considero A Espuma dos Dias um dos blogs mais pertinentes, inteligentes e intelectualmente honestos da blogoesfera económico-financeira.
Olé!
Filantropia é quando um indivíduo toma alguma ação em benefício da comunidade, através da criação de uma fundação, doação ou até mesmo serviço voluntário.
ResponderEliminarEx:
O Champalimaud foi criticado, perseguido e até expulso pelas mentes esquerdistas, mas o fato é que até hoje ainda não apareceu nenhum "comunista" para distribuir a sua riqueza à comunidade na mesma proporção como fez o Champalimaud.
O emprego surge quando o empreendedor consegue criar um canal de mercado e assim precisa de colaboradores para melhor satisfazer as necessidades do mercado.
No coletivo estado este tem como objetivo máximo o de taxar exaustivamente os indivíduos para proporcionar a um conjunto de planeadores centrais um poder desmesurado para melhor controlar uma sociedade mas secando a iniciativa priva ou obrigando-a a ser conivente para obter mais valias.
Agradeço o elogio ao blog.
Referia-me a "filantropia" na acepção clássica - vocábulo de origem grega que significa “amor ao género humano” e conceito utilizado de maneira positiva para fazer referencia à ajuda que se oferece ao próximo sem requerer resposta ou contrapartida...
ResponderEliminarQuanto a António Champalimaud, que de facto praticou activamente filantropia em muitas áreas, é interessante constatar que entregou a sua defesa no que ficou conhecido como "Caso Sommer" ao então jovem Proença de Carvalho (que rapidamente desistiu), e a Manuel João da Palma Carlos e Francisco Salgado Zenha, na altura ambos aderentes ao recém-criado PS, depois de terem sido destacadissimos membros do PCP clandestino. A sua defesa foi baseada em argumentos abertos de perseguição política, sugerindo que o governo de Marcelo Caetano se servia de Henrique Sommer (irmão de António Champalimaud) para o destruir pessoal e financeiramente.
Em 1973 Champalimaud foi absolvido e regressou do México, para onde tinha fugido e onde passou cinco anos para escapar ao mandato de captura "direitista" que o visava (o México não tinha e creio que não tem tratado de extradição com Portugal).
Ou seja, António Champalimaud foi de facto criticado, perseguido e obrigado a exilar-se... pela direita. A sua ida para o Brasil foi totalmente voluntária e decorrente das nacionalizações de 1995.