Num país pequeno, altamente centralizado, carregado de mordomias, sobra
essencialmente para as restantes regiões, a distribuição e a imposição de
impostos asfixiantes.
Temos aqui necessidade de promover um novo dinamismo contrário ao
planeamento socialista e ao chicote falhado do centralismo.
A indignação deste post arranca com a seguinte notícia:
Norte quer aeroporto fora da privatização da ANA
notícia aqui
Mas quem terá dúvidas dos benefícios desta iniciativa?
O aeroporto do Porto oferece atualmente, às pessoas, a oportunidade de
poder viajar a preços altamente competitivos graças à instalação de uma base de
redes aéreas low-cost. (capitalismo liberal no seu melhor).
E importa recordar aqui, que se trata de uma relação de duas vias (partidas
e chegadas) onde existe um processo verdadeiramente livre de
mercado, por opção de circulação dos consumidores e não do Estado , onde
já foi comprovado a eficácia deste modelo ao longo dos últimos anos, com o
intercâmbio de milhões de pessoas proporcionando as mais diversas conexões
entre gentes e lugares.
Numa planificação central, entrega-se a decisão a um só player de
mercado onde surgiria uma regulação de preços e escolha seletiva de funções
operacionais de interesses centralistas e monopolistas, onde o consumidor seria
o mais prejudicado (capitalismo do estado no seu pior).
Estamos a falar de um país já por si difícil em manter uma
concorrência mínima entre os poucos operadores concorrenciais
existentes no mercado pela sua pequena escala.
Enquadrar o Norte:
O norte é, e sempre foi ao longo da sua história, a
região mais liberal e onde se jogou nos momentos decisivos os períodos mais
marcantes da nação portuguesa.
Também na sua história económica recente, e muito
antes da agora festejada balança comercial externa, já a região norte a possuía
com a sua reconhecida capacidade produtiva instalada.
É a região onde se encontram os salários mais
liberalizados, onde a flexibilidade laboral é maior, e logo também onde
existe naturalmente o maior empreendedorismo.
Só que toda esta labuta se esgota na amargura da
asfixia fiscal centralista (50% da economia portuguesa é absorvida pelo estado)
onde não foi permitida a existência de uma verdadeira liberalização e
competitividade levada ao extremo que pudesse ser estendida como
exemplo a todo o país. Fica uma ressalva especial também para a zona centro
onde também encontramos dinamismo empresarial dos seus empreendedores, a região
do Algarve que procura uma dinâmica própria para a sua região e para a
autonomia das ilhas.
Assim o norte, e o resto do país, perderam esta luta
para o terreiro do paço e para as empresas monopolistas de rendas garantidas,
nos famigerados almoços de "negociata" em Lisboa.
O que temos hoje à vista é um país inviável, num processo
de ajuste doloroso, entregue a uma corrupção gritante, despesismos descontrolados,
a inexistência de oportunidades de trabalho nem de investimento afetando
essencialmente as classes menos protegidas .
Ideias chaves para a
liberalização a Norte:
- Porto de Leixões/ Linha férrea,
liberalização da gestão onde se permita o escoamento das mercadorias
provocando uma maior competitividade ;
- Centro de inovação e design (parece incrível mas não
existe uma plataforma de apoio às indústrias do Norte ;
- Marca Qualidade Porto (o nome Porto é a marca
nacional mais conhecida mundialmente onde se pode criar uma mais valia de
produção em determinados produtos de qualidade indiscutível (rótulo
de chancela de qualidade e denominação de origem);
- Barragem do Tua (cabe apenas aos habitantes da
região a decisão e não ao centralismo);
- Articulação e criação de plataformas comerciais com
os diversos emigrantes (a maior parte dos emigrantes espalhados no mundo são
oriundos da região norte);
- Aprofundamento das sinergias do eixo
económco-social Norte-Galiza (união natural);
- Contínua imposição de descentralização do país e
mais importante ainda permitir a descentralização da própria região levando com
naturalidade ao aparecimento das mais variadas criatividades ligadas ao
processo empreendedor;
- Uma nova formação académica enquadrada na atual
realidade global
- Parcerias empresariais possibilitando aumento de
escala
Gentes do Norte,
despertai!
Aos estimados leitores de outras regiões e mesmo de Lisboa que não
se revêm no centralismo tomem a liberdade de escrever a sua opinião.
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