sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Norte quer-se mais liberal


Num país pequeno, altamente centralizado, carregado de mordomias, sobra essencialmente para as restantes regiões, a distribuição e a imposição de impostos asfixiantes. 

Temos aqui necessidade de promover um novo dinamismo contrário ao planeamento socialista e ao chicote falhado do centralismo.

A indignação deste post arranca com a seguinte notícia:

Norte quer aeroporto fora da privatização da ANA
notícia aqui


Mas quem terá dúvidas dos benefícios desta iniciativa?
O aeroporto do Porto oferece atualmente, às pessoas, a oportunidade de poder viajar a preços altamente competitivos graças à instalação de uma base de redes aéreas low-cost. (capitalismo liberal no seu melhor). 
E importa recordar aqui, que se trata de uma relação de duas vias (partidas e chegadas) onde  existe um processo verdadeiramente livre de mercado,  por opção de circulação dos consumidores e não do Estado , onde já foi comprovado a eficácia deste modelo ao longo dos últimos anos, com o intercâmbio de milhões de pessoas proporcionando as mais diversas conexões entre gentes e lugares.
Numa planificação central, entrega-se a decisão a um só player de mercado onde surgiria uma regulação de preços e escolha seletiva de funções operacionais de interesses centralistas e monopolistas, onde o consumidor seria o mais prejudicado (capitalismo do estado no seu pior).
Estamos a falar de  um país já por si difícil em manter uma concorrência mínima entre os poucos  operadores concorrenciais existentes no mercado pela sua pequena escala. 
Enquadrar o Norte:
O norte é, e sempre foi ao longo da sua história, a região mais liberal e onde se jogou nos momentos decisivos os períodos mais marcantes da nação portuguesa. 

Também na sua história económica recente, e muito antes da agora festejada balança comercial externa, já a região norte a possuía com a sua reconhecida capacidade produtiva instalada.
É a região onde se encontram os salários mais liberalizados, onde a flexibilidade laboral é  maior, e logo também onde existe naturalmente o maior empreendedorismo.

Só que toda esta labuta se esgota na amargura da asfixia fiscal centralista (50% da economia portuguesa é absorvida pelo estado) onde não foi permitida a existência de uma verdadeira liberalização e competitividade levada ao extremo que pudesse ser estendida como exemplo a todo o país. Fica uma ressalva especial também para a zona centro onde também encontramos dinamismo empresarial dos seus empreendedores, a região do Algarve que procura uma dinâmica própria para a sua região e para a autonomia das ilhas. 

Assim o norte, e o resto do país, perderam esta luta para o terreiro do paço e para as empresas monopolistas de rendas garantidas, nos famigerados almoços de "negociata" em Lisboa.  

O que temos hoje à vista é um país inviável,  num  processo de ajuste doloroso, entregue a uma corrupção gritante, despesismos descontrolados, a inexistência de oportunidades de trabalho nem de investimento afetando essencialmente as classes menos protegidas .

Ideias chaves para a liberalização a Norte:
- Porto de LeixõesLinha férrea, liberalização da gestão onde se permita o  escoamento das mercadorias provocando uma maior competitividade ;
- Centro de inovação e design (parece incrível mas não existe uma  plataforma de apoio às indústrias do Norte ;

- Marca Qualidade Porto (o nome Porto é a marca nacional mais conhecida mundialmente onde se pode criar uma mais valia de produção em determinados produtos de qualidade indiscutível (rótulo de chancela de qualidade e denominação de origem);
- Barragem do Tua (cabe apenas aos habitantes da região a decisão e não ao centralismo);
- Articulação e criação de plataformas comerciais com os diversos emigrantes (a maior parte dos emigrantes espalhados no mundo são oriundos da região norte);
- Aprofundamento das sinergias do eixo económco-social Norte-Galiza (união natural);
- Contínua imposição de descentralização do país e mais importante ainda permitir a descentralização da própria região levando com naturalidade ao  aparecimento das mais variadas criatividades ligadas ao processo empreendedor;
- Uma nova formação académica enquadrada na atual realidade global
- Parcerias empresariais possibilitando aumento de escala

Gentes do Norte,  despertai!

Aos estimados leitores de outras regiões e mesmo de Lisboa que não se revêm no centralismo tomem a liberdade de escrever a sua opinião.




1 comentário: