sábado, 11 de agosto de 2012

É uma alegria ser socialista


Olhando para a sondagem do Diário Económico "qual o melhor 1º ministro", chegamos a conclusão pela amostra que a maioria da pessoas não percebe ou não quer perceber o que se passou, preferindo regredir a um passado de rosas que foi alicerçado numa falsa miragem de prosperidade.

A velocidade do pensamento e do tempo são cruciais para superar a espuma do dias,  e se este governo é uma consequência danosa (e muitas vezes governa mal), o governo anterior foi a causa de todos os males.

Sócrates, deve sorrir desde Paris com tal reconhecimento e reflectir com os seus botões, como são tolos e socialistas estes portugueses.

Portugal merecia mais e melhor, mas a memória, para a grande maioria dos portugueses, é sempre curta e instantânea, de gente que está mais agarrada a um passado daquilo que já foi do que a um futuro que ainda está por vir...

A nação está desorientada numa década decisiva.


Nota: Considero Sá Carneiro como o melhor 1º ministro em democracia e claro um dos menos culpados pelo descalabro do Portugal atual.









3 comentários:

  1. Estamos fartos destes diagnósticos, em que chegamos todos às mesmas conclusões. NÃO PERCEBO PORQUE É QUE OS PORTUGUESES NÃO DÃO O PASSO LÓGICO SEGUINTE: VOTAR EM PARTIDOS DIFERENTES! Só protestam… O FIM DO REGIME É SIMPLESMENTE DEIXAR DE VOTAR NOS MESMOS PARTIDOS!! Bem sei que 30% a 40% dos votantes são a clientela que mama do PS e PSD e vão sempre votar neles. Mas mesmo contra a propaganda da TV e contra a ignorância de muitos, temos que mobilizar os restantes 60% dos portugueses. SIM, PODEMOS! HÁ QUE RESPONSABILIZAR ESSES 2 PARTIDOS. Se há culpado do que aconteceu neste país nas últimas décadas são esses 2 partidos, e deveriam começar por pedir desculpa aos Portugueses. SÓ 2 PARTIDOS É QUE GOVERNARAM PORTUGAL EM 30 ANOS!! E ainda dizem que NÃO HÁ CULPADOS??? TEMOS QUE RESPONSABILIZAR PS E PSD! Se tiverem uma queda colossal nas urnas, e os políticos do costume (e amigos de negócios) começarem ver-lhes fugir o poder, as coisas começam a mudar! Grande parte do problema é serem sempre os mesmos e por isso se julgarem intocáveis, devido aos seus jogos de bastidores, amizades e influências… Aliás, grande parte do seu poder e influência advém-lhes de serem sempre os mesmos! Não se digam “Não vale a pena, são todos iguais”, pois então ficava-se com um qualquer e estava tudo resolvido. Foi para isso que se lutou por eleições, por Democracia, para que, como diz o povo “uns descubram a careca aos outros”. Se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente. E por isso PS e PSD fazem o que querem! Mas mesmo contra as TVs e a propaganda nos meios de comunicação, temos que conseguir tira-lhes o tapete! Voltar a fazer-nos respeitar enquanto povo! PODEMOS! Temos a Internet, temos os telemóveis… Há é que passar a mensagem: PARTIDOS NOVOS! Não é preciso apelar a revoluções: é só VOTAR DIFERENTE! Como quiserem: à esquerda, à direita, monárquicos, republicanos, ambientalistas, etc, etc. Votemos diferente, menos nos 2 que nos arruinaram para décadas e que na sua arrogância e prepotência nem sequer lhes ocorre assumir qualquer responsabilidade e muito menos pedir desculpa aos portugueses. E VOTEM LIVRES! Sem ceder à chantagem do voto útil (nunca compreendi porque não se denuncia publicamente que essa treta do voto útil é simplesmente uma chantagem anti-democrática). Esta é a mensagem. Por favor, alguém com mais jeito que eu que a faça passar.

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  2. As pessoas continuam a pensar que o planeamento central é que lhes vai resolver a vida, que uns quantos políticos e ditos especialistas numa sala vão decidir e desenhar um plano que vai garantir a felicidade eterna das massas.

    Votar noutros? bem seria muito mais impactante se houve nas próximas legislativas existirem 60%a votarem em branco, isso sim um sinal que a população não está satisfeita com o actual modelo de governancia do país.

    A democracia é um logro, primeiro não é sinónimo de liberdade, ver o caso dos USA, Inglaterra, da boca para fora muita liberdade vai se a ver, cada vez mais ditatorial. Segundo permitir que um individuo chegue ao poder, e possa desgraçar o país para sempre como fez o ilustre que venceu esta votação é qualquer coisa fantástica.
    Senão vejamos, em 2009 as pessoas que votaram a maioria disse que não queria nada com este, e este foi indigitado PM e durante mais dois anos tratou de arrebentar com o país, fantástico esta coisa da democracia.

    É mais um logro que existe para entreter o pagode, a realidade é que vivemos numa sociedade de Crony capitalism em que os politicos e alguns do sistema economico andam de mãos dadas, o socialismo no seu melhor..

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  3. Caro Filipe Silva,
    Votar em branco não é solução: primeiro porque acredito que muitos votos em branco no apuramento de resultados passem a deixar de ser em branco (até podem ser distribuídos entre partidos).
    Depois porque mesmo que sejam contabilizados nada significam: os lugares são distribuídos unicamente de acordo com as percentagens de votação nos partidos/candidatos.
    Seria diferente se fossem deixados vazios os lugares correspondentes à percentagem de votos em branco, mas isso não acontece, nem os políticos deixarão que aconteça.
    Assim, quando muito seriam simbólicos, mas os detentores do poder continuarão os mesmos - e estão-se simplesmente a marimbar para "simbolismos" do Povo.
    A única solução é em teoria simples (embora árdua de executar): o regresso à velha ideia de DEMOCRACIA! Temos que convencer as massas (grande trabalho - contínuo! - de instrução) de que o acompanhamento dos actos dos políticos e o seu castigo nas urnas é fundamental para que ele tenham, um mínimo, de "decoro" na gestão dos dinheiros públicos.
    Para isso temos que convencer o grande público que escolher um candidato ou partido não é como ter um clube de futebol, é um trabalho que exige ATENÇÃO à evolução do nosso país e RESPONSABILIDADE. E, bem sei que não é fácil instruir pessoas simples sobre questões complexas (veja-se o mero conceito da dívida pública: muitas vezes recorro a exemplos simples, até do futebol, para melhor passar o conceito, como um presidente de Clube de futebol que contratou grandes jogadores de grandes clubes por uma fortuna para fazer uma figuraça em 1 ou 2 épocas, mas depois o clube não aguentou os salários em atraso e dívidas, as sucessivas comissões de sócios a tentar salvar o clube e muitas vezes a serem tidas por má-da-fita, acabando por falir). Às vezes estas imagens, mais simples, ajudam a conceitos e a interpretar muitas notícias que muita gente vê na TV e nem sequer consegue interpretar.
    Esse é o esforço - democrático - que todos temos que fazer!
    (Não é fácil, bem sei, basta recordar 2009. Mas, mesmo em 2009, quem estava a conduzir o país de forma completamente hipócrita e ruinosa, perdeu a maioria absoluta, sinal de que muita gente se apercebeu e mobilizou apesar da colossal campanha de "marketing" em favor do regime).
    No fundo, o que quero dizer é, em linguagem económica (eu que sou de Direito), que quanto maior for a elasticidade da resposta à incompetência/corrupção dos nossos políticos, maior o grau em que seremos roubados. E neste momento somos absolutamente elásticos...
    Por isso, nos países nórdicos a democracia é melhor: porque essa elasticidade à incompetência ou crime é muito menor (eles respondem logo, e em força, nas urnas).
    Mas não me fale do sistema anglo-saxónico, pois considero-o pior e ainda mais propício à corrupção e eternização no poder: com o sistema de círculos onde "the winner takes all", está tudo feito para haver só 2 ou 3 grandes partidos "a rodarem" no poder.
    (E veja o que deu o nosso "rotativismo", um sistema parecido, no final do sec. XIX: corrupção, revoluções e fim do regime monárquico).
    Enfim, exigência e resposta (esclarecida) imediata aos actos dos políticos (bem sei que é difícil, muitos considerarão utópico, mas essa é a tarefa que a todos nos compete - fazer "micro-política" nas nossas relações (como a "microeconomia". Recordar que não basta protestar, temos todos o destino nas nossas mãos. É mais simples que o que parece (mais fácil que revoluções).
    E não se pense que conseguiremos solucionar "a nossa vidinha" apesar dos problemas do país: mesmo quem tem fortuna e pensa que está seguro, em situações de grande crise social, fome, revolta, muito provavelmente também perde tudo. O nosso trabalho é em grande medida colectivo, enquanto Povo/Nação. Cumprimentos.

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