A guerra cambial Dólar / Euro
O que interessa aos EUA é que o Euro se desvalorize e se aproxime da paridade com o Dólar para que não perca o estatuto de moeda de reserva (ainda..) com maior peso nos mercados financeiros mundiais. Daí que lhes interesse que a solução para a crise do Euro seja encontrada à volta do BCE imprimir dinheiro (emissão de Euros...), contra a desejada pela Alemanha fundamentada na austeridade e no rigor orçamental.
Não será por acaso que nos últimos tempos temos assistido a um enorme dramatismo particularmente acicatado pela imprensa anglo-saxónica (WSJ, FT, Economist, ...) à volta desta questão empurrando a UE para a solução que mais lhes interessa: o BCE a comprar dívida de forma ilimitada.
Esta solução também é abraçada pela esquerda europeia, pois não aceitam as reformas necessárias ao excessos cometidos.
A implosão descontolada do €, é negativa para os americanos, porque as ondas de choques provocadas varreriam de forma dramática todo o sistema financeiro mundial, e em particular o dos EUA!
Há imensas participações cruzadas. E, "the last but not the least", porque uma enorme teia de CDS (seguros contra incumprimento de dívidas soberanas e não só...) envolve de forma particular todo o sistema financeiro Norte Americano.
A razão desta ofensiva americana apoiada pelos britânicos deve-se ao fato da rotativa de notas estarem em constante movimento, e tecnicamente o dólar e a libra ainda deveriam estar mais desvalorizados, pois já não estão associadas a nenhum padrão.
Como a China está a absorver grande parte dos dólares, boa parte desse dinheiro é usado para compras em todo o mundo, desde a Ásia, imperando em África, nas compras de matérias-primas e agro-pecuária ao Brasil e até já em multinacionais europeias e americanas, tudo pago em dólares de uma rotativa que não para imprimir.
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