Durante a crise financeira de 2008 que culminou com a falência da Lehman Brothers, o governo americano interveio para evitar um completo colapso do sistema financeiro mundial.
Henry Paulson, o secretário do tesouro do governo Bush, fez uma enorme campanha para conseguir aprovar o bailout para os bancos, foi ao congresso, fez aparições na TV, pediu à população para aprovar o pacote de ajuda de US$ 800 bilhões para o setor financeiro.
Na época esse montante parecia algo inimaginável, próximo a 1 trilhão de dólares. Hoje esse valor parece mais um troco já que é sabido que o valor total do bailout aos bancos foi de mais de US$16 trilhões.
Com certeza a intervenção foi necessária. Sem a intervenção o sistema financeiro mundial teria implodido e o mundo mergulharia numa profunda depressão deflacionária.
O grande problema foi como o bailout foi feito, visando muito mais salvar os bancos e investidores do que proteger a saúde da economia.
O artigo Hey, Europe, Here’s The Right Way To Bail Out Banks… publicado no Business Insider explica como um banco tem que ser resgatado:
Resgate de bancos podem ser feitos sem que custem biliões de dólares aos contribuintes ou premiar executivos e investidores que tomaram decisões erradas. O resgate precisa apenas ser feito da forma correta: São 7 passos:
Enquanto isso, os idiotas que emprestaram ao banco e compraram as ações do banco tem o prejuízo que merecem. E o banco imediatamente se torna sólido outra vez, pronto para fazer novos empréstimos para empresas e países que os mereçam. (e, talvez os agentes financeiros que ainda estejam no banco sejam punidos por sua estupidez e sejam mais prudentes na próxima vez). Não importa o tamanho do banco, isso pode ser feito com um banco de qualquer tamanho. E se precisar, isso pode ser feito com vários bancos ao mesmo tempo. Só precisa de uma entidade – como o governo americano ou o BCE – que tenha o poder de se apossar e reestruturar o banco antes que ele vá a falência. Esta é a forma correta de resgatar os bancos. E essa é a única forma de fazê-lo sem premiar a estupidez, os empréstimos imprudentes e falhando em atacar a raíz do problema. |
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