quarta-feira, 6 de junho de 2012

O fantasma de Salazar (parte 3)


Na senda de compreender a ciência e os méritos económicos de Salazar procurei tentar saber qual seria a postura de Salazar perante uma crise como a de hoje se era a favor da austeridade ou em moneterizar a dívida (imprimir papel).

Não foi preciso organizar nenhuma sessão espírita para chegar ao seu eventual parecer. 

Encontramos uma lição simples.

Assim nesta imagem simples datada de 1938 encontramos a resposta clara e frontal .




A  estabilização das finanças do país tornou-se a prioridade de Oliveira Salazar. Relativamente em pouco tempo saneia a situação financeira de crise gravíssima, estabilizando o escudo e equilibrando o orçamento. Para obter o equilíbrio orçamental, Salazar cria novos impostos e aumenta as tarifas alfandegárias sobre as importações.
Este cartaz de propaganda do Estado Novo (1938) representa o suposto “milagre” financeiro, o valor da moeda (escudo), dos títulos do Estado e do ouro.
A desorganização económica que se vivia na Primeira República está caracterizada pela imagem da impressora de notas, de onde estas esvoaçam desordenadamente.
Em suma, o cartaz representa o contraste entre o caos financeiro da época anterior e a restauração financeira alcançada por Salazar (barras de ouro, notas e moedas devidamente organizados no Banco de Portugal). Segundo o mesmo, a tempestade  dos tempos passados dera origem a um sólido futuro, pois o equilíbrio orçamental deixa de “sugar” as reservas monetárias do Banco de Portugal, permitindo a acumulação de divisas e de ouro.



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