sábado, 2 de junho de 2012

O refúgio do franco suíço

Análise de Peter Schiff ao franco suíço.



Suíça: da neutralidade ao intervencionismo

Analisando a Europa, o britânico Financial Times tem agora a deselegante tarefa de noticiar que a poderosa moeda da União Europeia está em processo de desintegração, ao mesmo tempo em que a vizinha Suíça mal tem hotéis suficientes para alojar todos os náufragos do mercado financeiro mundial que lá desembocam em busca de refúgio.  Apenas este ano, o franco suíço valorizou-se 5,41% em relação ao euro e praticamente 14% em relação ao dólar.  É de se imaginar se a única maneira de impedir um colapso destas duas moedas altamente endividadas é lastreando-as a relógios de pulso suíços.  Isso pelo menos forneceria um padrão-ouro parcial, e não haveria desculpas para se chegar atrasado a uma manifestação por medidas de austeridade.

Infelizmente para todos, o Banco Central da Suíça (chamado de Banco Nacional Suíço — BNS) não parece disposto a fornecer este abrigo seguro.  Ele está tão receoso dessa valorização do franco suíço, que vem inundando o mercado com mais liquidez, além de ter cortado a taxa básica de juros para zero.  

O BNS recentemente chegou até a ameaçar atrelar o franco suíço ao euro, fixando a taxa de câmbio e assim impedindo flutuações no valor da moeda.  Tal medida seria como se os sobreviventes de um dos botes salva-vidas do Titanic ficassem tão confusos e desnorteados, que resolvessem amarrar seu bote ao navio naufragando — tudo pelo desejo de manter uma "relação estável".






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