quarta-feira, 27 de junho de 2012

O fim dos subsídios de férias e natal

Governo diz que não vai haver mais austeridade dirigida aos funcionários públicos


notícia aqui




Creio que os subsídios de férias e natal vão ser definitivamente extinguidos em Portugal...


Agora o mesmo serve para tapar buracos do orçamento de estado e no futuro será pela insustentabilidade da economia portuguesa em conseguir manter esses complementos.


Ir aos subsídios dos privados não é justo pois esse dinheiro destina-se apenas para combater a dívida pública e não para a totalidade da dívida externa.


Nos subsídios dos privados (o nome diz tudo)  é a empresa e o empregador quem têm legitimidade para intervirem.



5 comentários:

  1. nao entendo a fobia que existe aos funcionarios publicos. neste momento eu e a minha esposa trabalhamos numa empresa publica de gestão privada, vulgo hospital! isto significa todo e qualquer dever de funcionario publico mas sem nenhuma suposta "vantagem" pois como temos ambos menos de 30 anos somos da geração que paga os desvaneios dos outros. agora pense retiraram os subsidios de natal e ferias a todo o agregado familiar, temos cortes mensais sobre o valor iliquido do salario...cortaram imenso no trabalho extra (ele existe so nao é pago e acumula, ou seja trabalho literalmente de forma gratuita)...neste momento quem esta a pagar a divida sou eu e muitos como eu...sou mais portugues por trabalhar para o estado. acham justo os sacrificios serem so suportados apenas por uma parte da população? concordo com algumas coisa do que aqui se diz mas diabolizar a função publica é diabolizar tambem as pessoas que nela trabalham e chegado o mes do tao afamado corte estou farto de ler e ouvir esta pura discriminação que existe na sociedade portuguesa.

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  2. Bom dia,

    Agradeço o seu comentário.

    Não se trata de fobia, o que nos move não é contra um qualquer funcionário público em particular, mas sim sobre a fraca gestão dos bens públicos. Essa mesma gestão é que causou os desiquilíbrios que agora todos sentimos na pele.

    Um devaneio tremendo que foi apoiado em dívidas, oportunismos e corrupção e que criou uma falsa ilusão prosperidade em Portugal. Os portugueses não mereceriam tamanha canalhice. E a correção agora é dura!

    Cumprimentos.

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  3. Sr. Vivendi não estava à espera que caísse no preconceito egoísta e simplista sobre os demonizados "funcionários públicos". A ideia de que o funcionário público está numa qualquer repartição e que nada produz, nem tem responsabilidades a prestar, é simplesmente um PRECONCEITO REVOLTANTE E AVILTANTE. Sabe-se que os funcionários públicos têm em média maior formação académica - a esmagadora maioria dos funcionários privados são de menores qualificações e, correspectivamente, salários mais baixos. Os funcionários públicos são professores, médicos, enfermeiros, juízes, diplomatas, Inspectores de Finanças, etc, etc. Com grande exigência de formação académica e profissional. Daí que se diga que ganham em média mais do que o sector privado, mas quando se vai comparar com habilitações académicas iguais é evidentíssimo que no sector privado se ganha muito mais. Não faz qualquer sentido que se exija que os salários da função pública sejam nivelados pelo inferior grau de qualificação vigente no sector privado, porque os vários anos de investimento na formação têm que ter alguma tradução na remuneração (ou defende que não - e que tanto faz ter o 6.º ano de escolaridade ou terformação superior?) Quando muito, sinto é injustiça perante os jovens que, como eu, tanto lutaram e se sacrificaram na sua vida académica para construirem um futuro com maior dignidade, e são agora confrontados com o desemprego. Mas isso nada tem a ver com função pública versus sector privado.
    Agora, a haver sacrifícios e necessidade de se financiar o Estado (por razões que competem aos políticos, eleitos por toda a população, e em que os funcionários públicos têm a mesma responsabilidade dos demais) tem que ser um esforço repartido de modo igual entre sector público e privado. O CRITÉRIO SÓ PODERIA SER UM, NÃO DISCRIMINATÓRIO: O NÍVEL DE REMUNERAÇÃO (que mesmo assim seria discriminatório para os funcionários públicos, já que são praticamente os únicos que declaram os rendimentos que na verdade auferem). O Estado tanto se pode financiar com os cortes na função pública como no aumento de impostos ao sector privado. O critério haveria de ser apenas o do montante de rendimento (e não o sector onde se trabalha).
    Dou apenas o meu modesto exemplo: sou Inspector da P.J. e há anos que lutamos para que nos paguem as horas extraordinárias (sem sucesso), sendo que há semanas que facilmente chego às 60 e até 70 horas semanais (o meu horário não é das 9.0 - 17.30, é muitas vezes desde madrugada - para fazer buscas domiciliárias - até altas horas da madrugada seguinte, depois de dar o jantar aos detidos e de processar todo o expediente para a sua apresentação manhã seguinte ao tribunal).Mais, tenho regularmente de fazer Serviços de Piquete de 24 horas seguidas! Conhece muitos funcionários privados que sejam obrigados a trabalhar 24 horas seguidas?? Há anos que lutamos contra isto e ninguém quer saber - somos simplesmente obrigados a tal. Mas isto é apenas um pequeno exemplo do que é a função pública hoje. E por isso, é que é revoltante sermos alvos dos sacrifícios e ainda por cima suportarmos os preconceitos e a discrimianação de pessoas como o senhor.

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    Respostas
    1. Boa tarde,

      Não há qualquer preconceito aqui. Todo o português para mim é válido e tem a sua função social a cumprir e a ser respeitado, desde o português mais limitado ao mais capaz.

      Eu compreendo o descontentamento da função pública e principalmente daqueles que fazem a diferença no sistema.

      Agora tem de se entender uma coisa, se um país produz x só pode gastar y.

      E é aqui que está o dilema e concerteza não é sua a responsabilidade perante os gastos acrescidos ou de qualquer outro colega seu da função pública que tornaram a situação inviável.

      Assim cabe agora à exigência de cada cidadão a reivindicação da melhor gestão dos gastos por parte dos quem nos representa e claro sem recorrer a empréstimos externos. Quem sabe não sobrará dinheiro para acudir às questões que apresenta.

      Os melhores cumprimentos e um bom fim de semana.

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    2. Boa noite,
      Queria só agradecer a sua resposta, e dizer que a discordância neste tema em nada afecta a minha apreciação pelo seu blog, que considero, no global, de excelente nível.
      Cumprimentos!

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