O Citigroup agravou a sua previsão para a evolução da economia portuguesa no próximo ano, estimando agora uma contracção do PIB de 5,5%, quando antes apontava para uma quebra de 5,2%.
A estimativa para este ano ficou inalterada, com o Citigroup a antecipar uma recessão de 4,6%. A revisão para a evolução do PIB em 2013 “reflecte principalmente uma visão mais sombria para as perceptivas do comércio internacional”, refere o banco de investimento num relatório com as perspectivas para o segundo semestre.
Estas previsões contrastam com as avançadas por várias autoridades, que na generalidade apontam para um crescimento ténue da economia portuguesa em 2013.
O Citigroup tem adoptado uma estimativa pessimista para a evolução da crise da dívida soberana na Zona Euro, tendo sido dos primeiros bancos a antecipar um resgate a Espanha. Para os restantes países do Sul da Europa as previsões são também negativas.
Para a Grécia o Citigroup antecipa uma quebra do PIB de 10,1% em 2013, depois da contracção de 7,5% deste ano. O banco atribui uma probabilidade entre 50 a 75% de a Grécia sair do euro aponta mesmo uma data para a concretização deste cenário: Janeiro de 2013.
Na Espanha o Citigroup prevê uma recessão de 3,1% em 2013, depois da quebra do PIB de 2,1% este ano. Para a Irlanda a previsão é bem mais positiva, com o banco a antecipar um regresso ao crescimento em 2013 (0,4%), depois da queda de 1% prevista para este ano.
Ainda sobre Portugal, o Citigroup mantém a perspectiva que o país vai necessitar de um segundo resgate, provavelmente no terceiro ou quarto trimestre deste ano, devido à “provável derrapagem do défice em 2012 e fracas esperanças do país regressar aos mercados em 2013”.
Apesar de estimar este segundo resgate para Portugal já este ano, o Citigroup acredita que o programa não será acompanhado de uma reestruturação da dívida portuguesa. A concretizar-se este cenário, que o Citigroup considera provável, só deverá acontecer em 2014 ou 2015, diz o banco.
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