sábado, 15 de setembro de 2012
Na senda de Salazar (parte 1)
Para aceitar o cargo, o novo ministro das Finanças apresentou as suas condições para
tirar o País da crise aguda em que se encontrava, que imediatamente foram aceites
apesar de medidas extremas de sacrifícios mas de salvação.
O País já conhecia o Homem cujo exemplo moral e conhecimento da ciência económica
e financeira não por indicadores de opinião vaga, mas por observação directa da
realidade, lhe deu inteira liberdade, também pela clareza das suas ideias.
Assim sendo, condicionou a sua entrada no Ministério das Finanças pela imposição de
condições pelas quais não subordinaria os seus desígnios assentes em maiorias.
Esse método de trabalho reduziu-se aos quatro pontos seguintes:
a) Que cada Ministério se compromete a limitar e a organizar os seus serviços
dentro da verba global que lhes seja atribuída pelo Ministério das Finanças;
b) Que as medidas tomadas pelos vários Ministérios, com repercussão directa nas
receitas ou despesas do Estado, serão previamente discutidas e ajustadas com o
Ministério das Finanças;
c) Que o Ministério das Finanças pode opor o seu veto a todos os aumentos de
despesa corrente ou ordinária, e às despesas de fomento para que se não
realizem as operações de crédito indispensáveis;
d) Que o Ministério das Finanças se compromete a colaborar com os diferentes
ministérios nas medidas relativas a reduções de despesas ou arrecadação de
receitas, para que se possam organizar, tanto quanto possível, segundo critérios
uniformes.
Postas as condições, acrescentou no momento da tomada de posse:
..."Estes princípios rígidos, que vão orientar o trabalho comum, mostram a vontade
decidida de regularizar por uma vez a nossa vida financeira e com ela a vida
económica nacional."...
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