Fartos dos políticos, alguns movimentos no Facebook querem um Governo de salvação nacional, com comentadores televisivos.
José Gomes Ferreira pode ser o próximo primeiro-ministro? O jornalista de Economia e subdirector de informação da SIC acha que a ideia «não faz sentido nenhum». Mas para muitos internautas o homem que dirigiu uma dura entrevista ao ministro Vítor Gaspar tem todas as condições para estar à frente dos destinos do país.
No Facebook, são já várias as páginas e movimentos que apoiam a criação de um governo de salvação nacional com alguns dos comentadores que mais têm criticado as medidas do Executivo. O economista Medina Carreira, o politólogo Adelino Maltez e o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro são outros ‘heróis’ da crise.
Todos comentam a actualidade na televisão e somam apoios nas redes sociais, sendo vistos por alguns como uma alternativa aos políticos que nos governam.
No Facebook, são já várias as páginas e movimentos que apoiam a criação de um governo de salvação nacional com alguns dos comentadores que mais têm criticado as medidas do Executivo. O economista Medina Carreira, o politólogo Adelino Maltez e o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro são outros ‘heróis’ da crise.
Todos comentam a actualidade na televisão e somam apoios nas redes sociais, sendo vistos por alguns como uma alternativa aos políticos que nos governam.
José Gomes Ferreira nem sequer tem conta numa rede social, mas a sua página de fãs no Facebook já ronda os 28 mil seguidores. «Não tenho Facebook e nunca terei. Há uma responsabilidade de dar feedback constante aos seguidores e eu não tenho tempo para isso», explica ao SOL.
‘É a prova de que o país endoideceu’
Descartando qualquer hipótese de entrar na política, tem a certeza de que os que hoje o aplaudem rapidamente o criticariam se fosse governante: «As pessoas que gostam de me ouvir criticar a TSU provavelmente não ouvem tudo o que eu digo, porque eu sou a favor da austeridade». É que, se fosse ministro das Finanças, a solução de Gomes Ferreira seria «taxar o 13.º mês também dos privados».
Medina Carreira também não tem tempo para estar na internet, mas isso não o impede de acumular 33 mil fãs no Facebook. O comentador da TVI24, que já foi ministro das Finanças após o 25 de Abril, no primeiro Governo Constitucional, desvaloriza o apoio: «Um governo de salvação nacional comigo? A última prova de que o país endoideceu é essa» – atira, entre gargalhadas.
«Os portugueses gostam de paleio», afirma ainda Medina Carreira para justificar a sua popularidade, assegurando que não está interessado em dar alternativas às políticas do Governo: «O país está entupido de ideias. E eu estou farto de idiotas».
Outro dos nomes apontados para este original ‘governo sombra’ é o de Adelino Maltez que previne logo: «Se eu nem me sei governar a mim mesmo....». «A malta gosta de ouvir comentadores», remata, para explicar este movimento. Um governo de salvação parece-lhe uma solução tanto mais descabida quanto considera que «a atual maioria continua a ter todas as condições para governar». O politólogo frisa, porém, a importância da «grande manifestação» de 15 de Setembro – que vê como «um cartão amarelo» à governação, mas não como um sinal de fim de regime e de rejeição do sistema político-partidário.
O fiscalista Tiago Caiado Guerreiro também diz que «deve ser uma brincadeira» a ideia de integrar um governo. «Estou espantado. Sou apolítico», assegura, perguntando de seguida se Medina Carreira também está no lote. «Faz sentido. Eu e ele pensamos o mesmo em relação a muita coisa» – diz, aventando que a expressão «servos da gleba», que usou para designar os contribuintes, pode ter ajudado a dar-lhe notoriedade. «Usei o termo no programa do Gomes Ferreira e a coisa pegou». Se estivesse no poder, garante que não ia aumentar impostos, mas «cortar na despesa do Estado» – como as rendas monopolistas, as Parcerias Público Privadas e as entidades reguladoras.
Ninguém assume a ideia
Apesar de as caras deste ‘governo’ de salvação nacional se multiplicarem nos murais do Facebook, ninguém assume a paternidade da ideia. O movimento RiseUp Portugal – em cujo mural foi publicada a proposta – limita-se a explicar que «este post foi enviado por um seguidor da página». A equipa assegura que «não apoia neste momento qualquer partido político».
Ana Nicolau, uma das organizadoras da manifestação de 15 de Setembro , ouviu falar na ideia, mas garante que o movimento ‘Que se Lixe a Troika’ não está a apresentar propostas de governação: «A única coisa que queremos é travar a troika e os troikistas». Mas percebe a popularidade de Gomes Ferreira: «Isso começou após a entrevista a Vítor Gaspar, quando ele assumiu que se sentia indignado como todos os portugueses. As pessoas não estão habituadas a bom jornalismo».
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Vivendi, precisamos de líderes com inteligência e sensibilidade.
ResponderEliminarSe são eles aqueles que reúnem maior consenso, então siga. Não devemos é acumular excessivas esperanças, nem com a ascensão destes nem com a governação que lhes seria exigida. Aquilo, a política, é uma máquina de triturar pessoas. Mas valia pela experiência, e pior certamente que não fariam.
um piqueno problema:
o medina carreira "separou-se" da SIC. Será que foi só por causa do Plano inclinado ou o gomes ferreira está metido ao barulho? O medina era bastante assíduo no jornal do Gomes Ferreira.
O último programa foi com o Henrique Neto e andaram entretidos a falar de maçonaria.
EliminarNa altura o que se soube foi que houve uma forte discussão entre Mário Crespo e Medina Carreira porque o Mário Crespo teimava em não apresentar os gráficos de Medina Carreira.
ResponderEliminarNenhum destes resolveria grande coisa, ver o caso do Nuno Crato no plano inclinado até falava de dinamitar o ministério foi para lá e pouca coisa mudou.
O Medina é socialista, mas como é um dos que faz contas já percebeu que o temos de diminuir.
O Gomes Ferreira gosta de aparecer muito indignado, mas quando o Sócrates e Teixeira andavam a dinamitar Portugal, era só elogios.
Convida sempre para o programa socialistas, anda lá sempre com o velho do Silva Lopes que não sabe dizer mais nada senão o mesmo de sempre.
O que o Português quer é sempre a mesma coisa, que venha algum anjo e os salve,
Aversão ao risco é total, sempre que existe algum problema seja tempestade, tornado, incendia, etc... Primeira frase a sair da boca "o Estado tem de fazer alguma coisa".
O planeamento central is strong no povo português, se estes fossem para lá iam fazer a mesma merda, munidos do seu grande intelecto, iam vou cortar aqui aumentar ali, mexer aqui mexer acolá e o crescimento vai aparecer.
O colectivo nunca se pode sobrepor ao individual numa economia de mercado livre, a maioria nunca pode determinar o caminho do individual, isso é exactamente o contrário de uma sociedade livre.
É incompatível uma sociedade livre com o actual modelo de estado.
É se eleito e tem se o poder total, basta ver que o Estado hoje tem o poder total de fazer o que lhe bem apetecer e poucos direito temos.
O principal é constantemente violado, o direito de propriedade.
Os problemas que apontas Filipe colocam em causa toda a civilização ocidental. Os indivíduos tem de perceber antes de tudo a sua falta de liberdade perante os vários condicionamentos do estado para haver mudanças. Muitos ainda creem que a solução está em mais estado.
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