Um trabalhador da administração pública vai receber mais 223 euros por ano em 2013. Ao contrário de um privado, que perde 357 euros
Os salários líquidos dos funcionários públicos vão subir em 2013, em comparação com o que recebiam em 2012, ao contrário do sector privado, em que os previsíveis congelamentos de aumentos e o aumento da carga fiscal vão provocar nova perda nos vencimentos reais.
Um trabalhador que recebia um salário líquido anual de 9572 euros no Estado vai passar a receber em 2013, por via da reposição de um subsídio, ainda que escalonado ao longo de 12 meses, 9795 euros, o que representa um aumento de 223 euros anuais. Em contrapartida, um trabalhador do privado que recebia sensivelmente o mesmo valor líquido mensal este ano, terá uma perda, por via do aumento do IRS, de 357 euros em 2013.
Ainda no público, um outro trabalhador que tenha recebido 11 147 euros o ano passado passa a receber para o ano 11 441 euros, o que representa uma actualização de 294 euros anuais.
Um terceiro caso: 252 euros é quanto passa a levar para casa a mais um trabalhador que aufira anualmente um vencimento líquido de 15 748 euros. As contas são do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e referem que a partir dos 19 437 euros os aumentos líquidos serão menores: 120 euros para este caso, 91 euros para quem ganhe 22 659 euros anuais e 62 euros para um trabalhador da administração central e local ou sector empresarial do Estado que receba 25 880 euros líquidos anuais.
Para o sindicato, que contesta estas actualizações por as considerar insuficientes para repor o poder de compra perdido em 2010, “o peso da colecta anual do IRS no salário bruto anual vai subir significativamente em 2013 face a 2010 para todos os exemplos estudados, com destaque para o acréscimo significativo que se irá registar no caso do salário actual de 1500 euros, cujo peso será de 19,2% em 2013 (+4,1 pontos percentuais face a 2010)”.
Ainda segundo o STE, para os seis casos estudados, o salário líquido anual em 2013 representa entre –560 euros e –5700 euros face a 2010 (entre –5,4% e –18,1% em termos nominais).
PRIVADOS PERDEM Mas o mesmo vai acontecer no sector privado, que já ganha muito menos, em média, que os que trabalham no sector público, e onde a força dos sindicatos está longe de ser a mesma que no Estado. O que acaba por ter um impacto muito menor na opinião pública que a situação dos trabalhadores dos portos ou dos maquinistas.
Um exemplo. Um acordo de empresa recentemente negociado e publicado no boletim estatístico do Ministério da Economia e que entrará em vigor no final deste ano fixa como valor máximo da tabela salarial dos seus trabalhadores 1248,50 euros ilíquidos por mês e um valor mínimo de 536 euros, também ilíquidos. Ora segundo o anúncio do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, aquando da divulgação do Orçamento para 2013, haverá um aumento médio da taxa efectiva de IRS de 2% com a mexida nos escalões deste imposto, o que fará com que a taxa média passe de 9,8% para 11,8%. Ou seja, neste caso, o trabalhador passará a receber 974 euros líquidos em 2013, contra os 999,5 que ganhou este ano, depois de descontado o IRS e feitas as contribuições para a Segurança Social. Ou seja, uma diminuição anual, em termos líquidos, de 357 euros anuais.
Na realidade, o resultado do cumprimento do acórdão do Tribunal Constitucional sobre a equidade dos cortes na função pública com o sector privado acabou por penalizar muito mais quem está nas empresas privadas que quem continua a trabalhar para o Estado.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, numa análise preliminar ao Orçamento do Estado para o próximo ano, já veio dizer que 81% da consolidação se fará pelo lado da despesa, atendendo à despesa adicional que resulta da reposição de um subsídio aos funcionários públicos e aos pensionistas calculado em 1,6 mil milhões de euros (e apenas compensados marginalmente do lado das receitas com os descontos destes num valor estimado de 370 milhões de euros) e que estes vão devolver ao Estado na forma de pagamento de IRS.
Este foi o post mais leviano e sem fundamento que já li aqui neste blog. Para mim um trabalho encomendado e destinado a desviar atenções, bem como a pôr portugueses contra portugueses.
ResponderEliminarEstá mais que provado que todos os trabalhadores dependentes vão pagar mais em sede de IRS e a generalidade dos funcionários públicos pelo salário reposto vão pagar 1,7 ou mais em imposto, ou seja, ao contrário da notícia, não há favorecimento, mas antes um empobrecimento generalizado. Não esquecer o efeito da inflação que "come" os salários desde 2009, isto é, por este efeito já levou outro salário. Isenção e rigor sff...
O problema fundamental é que a despesa de estado continua a subir. E enquanto não se contiver o monstro ninguém terá descanso. Os funcionários públicos devem estar cientes que estão condenados a ter salários mais baixos e despedimentos tal como acontece na privada. Quanto mais rápido for o ajuste mais rápido Portugal sairá do charco.
EliminarInfelizmente foram anos de mais de más políticas.
Cumprimentos.
Meu caro vivendi, é com profunda tristeza que leio este seu post.
EliminarConcordo plenamente com o Anónimo acima.
Também concordo consigo quando diz que temos de conter o monstro.
Mas quem é o monstro? Não era preferivel conter o verdadeiro monstro do que lançar na miséria milhares de FP que até ganham o SM?!
Eu não pedi nem quero pagar os buracos do BPN, do BPI, do BCP, da Madeira, as dividas do Baía, ...
Aí sim, deviam cortar!
Caro anónimo,
EliminarO estado não pode ser a Santa Casa da Misericórdia para ninguém. Deve ser justo e rígido para chegar a todos da melhor forma equitativa dentro dos seus limites. Se hoje mais de 50% da receita produzida em Portugal é tomada pelo estado. Posso garantir-lhe que se o peso do estado fosse de 25% o país não estava onde chegou e não dava também para alimentar os vigaristas.
Nã pod ser equitativ 1 sistem em qu PRA NÃ PAGR muits IMPOSTS e DESCNTS pra Seg Social os d privad não declaravm tud que rcebiam, contrariamnt aos d Stad qu nã podiam fugir a nad d qu acim s refér...
ResponderEliminarSã ests misérias vrbais consquência dm vlho ditad tuguês... "Zangam-s'as cmadres, dscobrm-se'as verdads"...
ESCRIT CONFORM ACORD ORTOFÓNIC, o qu permit efectivamnt poupar letrs e portant se "imprimivl", a tint d'impressor
Cmprmnts