Compreenda a crise em 3 escalas:
Neste momento Portugal depara-se com uma enorme fragilidade e mergulha numa intensa crise económica e social, imposta a 3 níveis: nacional, europeia e global.
(escala nacional)
A solução de saída da crise não está na forma de entrada na crise. (nada de investimento público, nada de criar mais dívida).
Importa recordar aqui os + de 700 mil desempregados e os portugueses que emigraram e ao mesmo tempo olhar a redoma da função pública. Temos demasiado estado, demasiada ineficiência. Ou se reduz ainda mais os salários da pública ou se reduz empregos (especialmente os de nomeação política).
Importante renegociar as PPP, aplicar a melhor eficiência aos gastos do estado e afastar-se das empresas com défice crónicos que não sejam decisivos para o bem-estar dos portugueses.
Reformas: Na Suíça o valor máximo de reformas suportado pelo estado é de 1700 €. O estado Português tem de impor aqui também limites.
Por fim seria bom ver ser feita alguma justiça (BPN / face oculta/ offshores…) e responsabilização política.
(escala europeia)
(A Alemanha decide o futuro da UE).
O que aconteceu nestes últimos anos? Enquanto alguns países, fizeram os seus ajustes procurando ser mais competitivos e ter excedentes comerciais (Europa do Norte), outros prefiram manter a sua moeda (UK, Suécia, Dinamarca, Polónia), e outros cresceram na dívida pelos juros baixos (Europa do Sul).
Ao mesmo tempo a UE foi enfraquecendo perante o mundo, pela falta de uma estrutura coesa e uma abertura dúbia aos novos mercados, ora favorecendo alguns países ora prejudicando outros.
Temos como hipóteses ou maior integração europeia ou um recuar. Em caso de integração convém estabelecer limites à dívida em cada país, Impostos comuns e custos de trabalho e energia os mais semelhantes possíveis e políticas comuns. Em caso de desintegração deverá ser estabelecido mecanismos fortes e justos de uma saída assistida do € dos países deficitários.
Ambas as soluções preconizam uma década árdua pela frente.
(escala global)
A U.E. e os EUA foram apanhados na armadilha do endividamento alicerçados no crédito fácil e com uma contínua desindustrialização.
Assistimos também ao encarecimento das matérias-primas, a transferência de muitas das multinacionais para novos mercados, com fabulosos mercados internos e custos de trabalho substancialmente mais baixos.
A tradução desta globalização desenfreada, reflectiu-se em taxas altas de desemprego, concorrência desleal e destruição do estado social europeu.
Conclusão:
Como contornar? Aplicar políticas de proteccionismo e controlar as balanças comerciais, a União Europeia tem de entender que é um bloco económico e tem de proteger os seus cidadãos e estimular o mercado doméstico, já que este se rege pelas mesmas regras.
Em Portugal devemos procurar ter sempre excedentes, o défice externo de Portugal, ou seja, aquilo que gastamos acima do que produzimos, ainda hoje anda perto dos 8% do PIB. Este valor tem que ser financiado por empréstimos estrangeiros.
Concordo com tudo. Só que quanto ao proteccionismo devia ser tratado como uma moeda, em que uma das faces é a verdadeira.
ResponderEliminarInternamente em cada pais tem que se por em funcionamento todos os sectores de actividade económica, com metas crescentes no tempo e mercados de troca absolutamente transparentes que garantam o escoamento dessa produção própria.
Claro que a ênfase é a exportação.