domingo, 4 de março de 2012

O exemplo



Só com a austeridade e o inevitável ajustamento leva ao caminho viável para se chegar ao princípio económico, de poupar e produzir, para um país economicamente viável.

Os EUA são o exemplo claro, apesar do seu crescimento (artificial), a dívida não para de crescer e com o tempo se tornará ainda mais evidente o estado deplorável das contas americanas. Adiar o ajuste só vai agravar a correção no futuro (os PIGS que o digam), mas no caso dos EUA a crise da dívida poderá ter ainda um maior impacto e também repercutido no mundo pelo tamanho da sua economia.

Mais dia menos dia chegará o confronto da hora da verdade nos EUA, tal como aconteceu com os países periféricos da Europa, pois a dívida dos EUA é cada vez mais imparável e impagável, devem bastante a países estrangeiros e precisam de financiamento contínuo para rolar a sua dívida.

Outro exemplo que podemos olhar é na América Latina (Argentina, Brasil, Chile) que depois de correções dolorosas voltaram ao crescimento. Sofreram e muito, mas hoje possuem crescimento económico relativamente sustentável.

Por fim temos o exemplo do Japão que passou de caso de sucesso à armadilha da liquidez, o Japão encontra-se há vinte anos mergulhado numa depressão de crescimento da qual não encontra saída, preso entre a estagnação e a deflação com uma dívida pública gigantesca acima de 200% só assegurada e mantida pelas poupanças internas dos japoneses. 

Imaginemos agora que a austeridade exigida na Europa tinha sido executada em 2005, a economia e o social teriam sido menos sofridas e o ajustamento mais rápido e novos princípios de regulação previstos nos governos europeus. Certo? Ninguém pode dizer o contrário...

Assim retardar os problemas da dívida, na esperança que o crescimento da economia os vai corrigir é a maior falácia de algumas mentes iluminadas, com o crescimento apoiado em moneterização da dívida ainda mais tratando-se de países que funcionam em economias abertas. 

Como defendido no blog a melhor alternativa a Portugal é cumprir as reformas da Troika e a sua dívida deve ser reestruturada para dentro de limites sustentáveis. 


Ligações relacionadas a este post:

a bomba relógio americana » post
a verdade é como o azeite » post







Sem comentários:

Enviar um comentário