sexta-feira, 9 de março de 2012

Do outro lado da barricada


2 comentários:

  1. Caro vivendi, o vídeo que sugeres à comunidade blogosferiana insere-se num dos episódios mais vergonhosos na usurpação democrática dos países pela União Europeia.

    Acompanhei pela internet todo processo em Outubro de 2011 e apenas o termo "nojo" me ocorre sobre o que senti na altura:
    A coligação do governo eslovaco era na altura constituída por 3 partidos. 1 deles, o SAS, liderado por Richard Sulik, era contra a aprovação do aumento do fundo de resgate EFSF. Inflexível na sua posição, incapaz de trair os seus princípios morais, éticos e económicos, nunca cedeu, e como consequência, a líder da coligação, a primeira ministra Iveta Radikova, despojada de mais armas políticas, decidiu inserir à ultima hora neste voto a bomba atómica: o governo cai caso o NÃO vença. O Não venceu porque Richard Sulik mesmo assim não cedeu perante tal chantagem. O poder de um futuro veto do SAS eclipsava-se. Richard Sulik provou ser um homem de princípios como hoje já não se vê pela velha Europa.

    O líder do partido da oposição, o SMER, que votou contra, combinou antes com Iveta Radikova que caso houvesse uma segunda votação, já votaria SIM. Parece surreal mas é verdade. Richard Sulik foi afastado do governo, e o seu poder, democraticamente conferido pelo povo, desaparece. Nova votação na semana seguinte e aí o SIM ganha, com os votos do SMER, do partido de Iveta e de mais alguns. O SAS votou contra, mas não chegava, claro.

    Este episódio político revelou de forma contundente que quando a UE quer, a UE pode. Iveta Radikova não tinha cara para se mostrar em Bruxelas caso o NÃO vencesse, e tudo se arranjou para que tal cenário não se efetivasse.
    Escrevo este comentário ao jeito de um romance dramático, mas não resisto.

    Tiago Mestre

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    1. A burocracia impera... Mas basta uma pequena fenda para a barragem implodir. As rachaduras já começam a aparecer em vários pontos. E as mesmas só se resolvem a com cimento democrático.

      Abraço Tiago.

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