domingo, 15 de janeiro de 2012

O rating esclarecido


 







Comentário esclarecedor à descida de rating europeia,...


Petter Schiff, economista americano destaca como principais ideias o seguinte:

- A ironia que é, os investidores estarem preocupados com a dívida europeia da zona euro e ao mesmo tempo refugiarem-se na dívida americana, como suposta segurança.

- O fato é que os EUA devem mais que a a Eurozona.

- A Eurozona tem melhor capacidade de pagamento das dívidas que os EUA.

- Ainda existem vários países na zona euro com rating semelhante ou até de qualidade superior aos EUA.

- Os fundamentos económicos na verdade nem justificam os EUA a um nível do rating similar ao de França nem da Áustria.

- A realidade dos fundamentos da economia americana, está mais próxima dos PIGS, olhando para os números oficiais dos EUA e excluindo das contas uma série de despesas não contabilizadas oficiailmente e de retorno duvidoso.

- A análise está apenas a ser vista pela ponta do iceberg, se verificar para um conjunto de obrigações existentes, nas áreas da previdência social, saúde, e gastos estaduais, a qualidade da dívida americana dos EUA já é idêntica ou até superior à Grécia.

- A dívida na Europa está mais focada nos governos centrais e menos nas regiões, ao contrário das pesadas dívidas que existem nos estados americanos.

- Com este retrato, as taxas de juro praticadas em alguns países europeus são injustamente financiadas a um preço mais alto comparado com as taxas de financiamento americanas.

- Os investidores compram o dólar como ativo de refúgio, e criam a ilusão que a performance americana está melhor que a da zona euro, e só está a acontecer realmente esta realidade, porque os investidores fogem à turbulência da zona euro.

- O que aconteceria à economia americana se fosse obrigada a comportar os juros como Espanha ou Itália? A economia americana implodia, encontra-se por agora tudo calmo, mas pode acontecer eventualmente essa subida de juros.

- Nos EUA, o presidente Obama, continua a querer aumentar os limites à dívida. Os EUA já nem se preocupam com o défice da sua balança comercial, e os números mostram que a economia americana está a tornar-se mais fraca. Uma economia não deve ser baseada naquilo que se gasta, no que se consome, mas sim naquilo que se produz. Os americanos estão a importar o que não produzem e a pedir emprestado para pagar essas mesmas importações.

- Quem ainda empresta esse dinheiro pensa que há capacidade para pagar, que os EUA são solventes, mas já houve a bolha na bolsa, no imobiliário e agora existe na dívida pública americana e no dólar.

- Até quanto tempo poderão os EUA aguentar esta situação?

- Poderá haver muitas catastrofes económicas a caminho dos EUA.

- Existe a crença e a desculpa no modelo Kenysiano, que o que é necessário é gastos e crescimento económico para ter uma economia forte, mas se os EUA fossem assim tão fortes não estariam inundados em importações e empréstimos, e estariam sim a produzir e a exportar.

- A economia americana está pior que em 2008, mas continua a haver opiniões gerais, e despreocupações do governo e do FED americano, em que não existem quaisquer problemas no horizonte, e quem alerta é completamente ignorado, e os que estão errados continuam a ser ouvidos.

- Há muitas manobras de vendas nos mercados a acontecer contra os fundamentais e uma aposta estranha no dólar e obrigações de tesouro americanas.

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